Ana Paula Valverde, de 'Poliana Moça', conta sobre sua carreira e dá spoiler de projetos futuros
Caras
Antagonista do grande sucesso da novela Poliana Moça, a atriz Ana Paula Valverde está radiante com o rumo de sua carreira. Recentemente, ela esteve no elenco da websérie RED, que venceu pelo segundo ano consecutivo o New York Web Festival. Além disso, a artista também atuou na produção norueguesa da Netflix, Lilyhammer.
E todo esse amor pela atuação começou muito antes disso tudo. “Eu queria ser atriz desde criança, amava o lado lúdico de ser protagonista das histórias que eu gostava de ouvir ou inventar. Mas eu fui uma criança tímida e via esse desejo de atuar como um sonho distante”, começou a atriz em entrevista para a CARAS Digital.
“Foi só depois que me formei em publicidade que percebi que não fazia sentido não seguir o que realmente almejava para mim. Então, comecei a estudar Artes Cênicas”, completou. E, em 2012, Ana Paula começou a integrar a Companhia de Teatro Íntimo, onde foi marcada por sua atuação na peça Formas Breves, de Bia Lessa. “Foi o projeto de teatro que mais me marcou, todo o processo desse projeto refletiu em um crescimento pessoal que acredito ter reverberado por muito tempo em mim”, contou.
Já na televisão, Ana Paula Valverde integrou o elenco de diversas novelas consagradas da Rede Globo, como Fina Estampa, Malhação, Cheias de Charme, Babilônia, Haja Coração e Salve Jorge. E também já atuou em produções da Record TV, como Os Dez Mandamentos, na qual viveu Isabel, e O Rico e o Lázaro.
Muito conhecida por suas atuações nas novelas, a atriz também já participou de produções de streamings. Ana Paula pode ser vista na produção norueguesa da Netflix Lilyhammer, e em Espinosa, que está em cartaz no GNT Play.
Quando perguntada sobre a diferença entre televisão e streaming, Ana disse: “acredito que a diferença esteja mais pelo produto que estou envolvida do que pelo canal de veiculação em si. Séries e novelas, hoje, estão presentes tanto na TV quanto no streaming. E filmes também!”.
“Se falarmos de ritmo de gravações, por exemplo, tem um ritmo mais intenso, um volume maior de cenas do que em um filme ou série. A atmosfera de trabalho é mais corrida”, completou a atriz.
Hoje, o talento de Ana Paula Valverde pode ser visto em Poliana Moça. Vivendo a antagonista, Tânia Matarazzo, a atriz diz que se divertir ao interpretar uma vilã na novela protagonizada por Sophia Valverde. “É divertido, e com a Tânia estou vivenciando (na novela) potências e valores diferentes dos meus. É sempre um aprendizado, mas é necessário ter empatia e humanizar essa personagem que também sofre com questões sérias como maternidade e abandono”, explicou.
“Além de ser maravilhoso contar essa história a partir do protagonismo de uma mulher na trama, a Tânia não apenas apoia um drama construído por um homem, ela vai além e tem suas próprias ambições e dramas pessoais, é uma mulher forte e empoderada que comanda toda uma comunidade. Habitar esse lugar na história é muito interessante, mesmo ela sendo uma vilã. O lugar da mulher é, sim, onde ela quiser e precisamos, cada vez mais, criar histórias valorizando o protagonismo feminino e buscando fugir de estereótipos de gêneros”, completou.
E se puder, ela continuará atuando em novelas. “Eu adoro atuar em novelas. Muito da minha vontade de ser atriz se deu através dessas produções. Na minha cidade, no interior de São Paulo, infelizmente, o acesso ao teatro e ao cinema eram limitados na minha infância. Não tínhamos a facilidade que o streaming e a internet nos traz nos dias de hoje. Ainda tenho muito o que vivenciar nessas produções e estou almejando novos desafios”, relatou.
Porém, quem pensa que o futuro de Ana Paula aguarda apenas novelas, está enganado! A atriz está envolvida em um filme independente, que conta com uma coprodução americana. “O filme está em fase embrionária. Ele nasceu da vontade que eu e Luciana Bollina temos de realizar algo juntas novamente. E também, para atender o pedido do fandom de ‘RED’ que nos acompanha ao longo da nossa trajetória de 6 anos”, contou.
“Queremos abordar temas que permeiam a nossa realidade, como a vida após os 30 e poucos e as diversas pressões sociais sobre a maternidade, sobre ser mulher e desencontros amorosos”, completou, sem poder dar muitos detalhes sobre o filme.
A importância da websérie é notável para ela. “‘Red’ é considera a considerada a primeira webserie lésbica brasileira. É um projeto independente que foi se estruturando e se transformando ao longo de seis anos. Ser parte de algo tão importante, ser resistência, abordar temas necessários para inclusão e diversidade, ampliou meus horizontes e me trouxe muitos aprendizados que continuam até os dias de hoje”, disse.
“Esse projeto significou muito na minha vida, desde o retorno e o apoio carinhoso das fãs aqui e fora do Brasil, até a possibilidade de vivenciar o que tanto admiro na minha profissão, ou seja, a arte em serviço da sociedade e rompendo barreiras que diminuem os espaços entre nós”, completou.
Além de tudo isso, Ana Paula ainda planeja voltar para os palcos junto da Companhia de Teatro Íntimo, após seis anos longe. “Minha última peça foi ‘Adélia’, inspirada de Adélia Prado, com direção de Renato Farias”, revelou.
“Montar uma peça é algo muito especial e gosto de estar nesse processo, por isso, tenho muita vontade de voltar aos palcos. Mas esse processo envolve várias demandas, principalmente sem o incentivo necessário. Eu não digo que estou ansiosa, mas, com certeza muito saudosa”, disse.
A atriz ainda almeja projetos maiores e diferentes do que está acostumada a fazer na televisão e nas webséries. “Eu adoraria fazer um filme ou série de fantasia como ‘Game of Thrones’, ‘Vikings’ ou algo de super-heróis como uma mega produção digna de cinema”, finalizou.