Jorge Lafond, a Vera Verão, desfilou como rainha de escola de samba em 2002
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O ator Jorge Lafond (1952-2003), conhecido pela personagem Vera Verão, fez história no passado ao desfilar em diversas escolas de samba do Rio de Janeiro e São Paulo. Personalidade controversa em meio a um Brasil conservador, em 2002 ele foi coroado como Rainha de Bateria.
O momento marcante na carreira de Lafond aconteceu meses antes de sua morte, motivada por problemas cardiorrespiratórios. Naquele ano, o artista desfilou na avenida como Rainha de Bateria da escola de samba Unidos de São Lucas, em São Paulo.
Na época, Lafond saiu com uma belíssima fantasia recheada de penas coloridas. Toda montada como Vera Verão, a artista desfilou sorridente e cheia de energia, assim como ficou marcada na memória de muitos admiradores.
Mas essa não foi a primeira vez que Lafond foi destaque em um Carnaval. Pouco mais de dez anos antes, ele causou a maior comoção na mídia ao desfilar praticamente nu em um carro alegórico da Beija-Flor.
O ano era 1990 e a escola de samba tinha como enredo "Todo Mundo Nasceu Nu". Usando apenas uma tapa sexo, Lafond não passou despercebido e gerou o maior burburinho em todos que avistavam sua figura de 1,98 sem roupas em cima de um dos carros da agreiação carioca.
O ator teve uma passagem tão marcante pelo Carnaval do Rio de Janeiro, que após sua morte ele foi homenageado com a criação do Troféu Jorge Lafond. A premiação acontece para celebrar os destaques do Carnaval carioca.
BRIGA FAMILIAR POR HERANÇA DE ATOR
Há alguns anos o nome de Jorge Lafond voltou a ser destaque na mídia após surgir um processo judicial protagonizado por Marcelo Padula e a família do ator. Na época, o empresário afirmou que vivia uma relação estável com Jorge e tinha documentos que poderiam comprar seu vínculo.
O processo durou alguns anos na Justiça de São Paulo e, apesar do empresário ter comprovado a relação afetiva com Lafond, ele acabou perdendo. Padula morreu em 2020, ainda enquanto o processo estava em curso e sua mãe passou a representá-lo no tribunal.
Conforme informações da colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, foi entendido que apesar das provas a favor do empresário, a relação entre eles não cumpria os requisitos do Código Civil que reconhecem uma união estável. A herança do ator era composta por uma casa na cidade de Mairiporã, em São Paulo, e três seguros de vida que somam cerca de R$ 800 mil.