Juliana Schalch se ressignifica diante da maternidade: 'Me sinto mais madura'
Caras
O universo lúdico e colorido das crianças tem sido uma constante na vida de Juliana Schalch (38) desde a chegada do herdeiro, o pequeno Martim (2), fruto da feliz relação com Henrique Guimarães (40). Não bastasse o mergulho na maternidade, a vida profissional, por coincidência do destino, a presenteou com trabalhos que transitam pelo mesmo cenário: o das crianças.
Gostaria de fazer uma personagem de comédia e entrar em lugares dramáticos.
“É um lugar em que exercitamos não só o trabalho como atriz, mas a escuta e o aprendizado de jovens atores. A gente orienta, acolhe e isso é muito bacana”, diz a atriz, no elenco da novela A Infância de Romeu e Julieta, do SBT, e da série Vicky e a Musa, do Globoplay. E, se nos estúdios a troca com as crianças é rica, em casa, com Martim, não é diferente. “Ter me tornado mãe me trouxe a lugares que eu ainda não habitava. Cuidados, atenção, espaços em que eu não tinha a vivência”, fala ela, em papo exclusivo com CARAS.
– No dia a dia do trabalho, o que aprende com as crianças?
– Esse olhar atento, vivo, a vontade de aprender e a presença integral. Está sendo muito rica toda essa experiência.
– Você disse que a maternidade te apresentou novas vivências. Quer repetir a dose?
– Eu sou uma mãe coruja, apaixonada! Até penso em ter mais filhos, mas agora não.
– São mais de 15 anos de carreira. Ao longo desse tempo, quais mudanças destaca?
– Hoje em dia, me sinto mais segura como atriz, em outro lugar de presença no set de filmagem, outro lugar de compreensão sobre as expectativas que tenho dos trabalhos, a própria forma como conversar com a equipe, direção e outros atores sobre as minhas percepções da personagem e o que eu trago sobre proposta cênica. Acho que todos esses aspectos se modificaram muito durante os anos. Me sinto mais madura, um cuidado consciente, muito mais preparada.
Ter me tornado mãe me trouxe para lugares que eu ainda não habitava.
– Apesar de se sentir segura, acha uma carreira difícil?
– Extremamente difícil! Todo ator precisa ter um cuidado consigo próprio, fazer terapia, exercícios que façam com que ele tenha consciência de si, do personagem e da situação que ele entra em uma produção. É um trabalhar constante para controlar a ansiedade. Nós recebemos muitos nãos e temos que entender que, às vezes, aquele personagem não é para você. Ter perseverança e paciência.
O streaming abre oportunidades para todos os profissionais.
– Muitos atores estão migrando para o streaming. Como encara esse movimento? É uma maneira de abrir portas em um mercado que parece ser restrito?
– O streaming está abrindo oportunidades. É um fluxo do mercado se abrindo e oferecendo mais oportunidades para todos os profissionais envolvidos nas produções. O Brasil tem muitas pessoas qualificadas para o audiovisual e passou por um momento complicado na pandemia. Agora, está reaquecendo. Eu encaro de uma maneira muito positiva todo esse movimento.
FOTOS: O PRIMEIRO RETRATO/FERNANDA BORGES