Patrimônio de Rolando Boldrin vira palco de disputa judicial; entenda o caso
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O clima anda tenso na família do cantor Rolando Boldrin, falecido aos 86 anos em novembro do ano passado. Isso porque a obra do artista tem se tornado alvo de disputa entre os filhos e a viúva, Patrícia Boldrin.
Conforme o testamento do apresentador do icônico Sr. Brasil, ele desejava que sua esposa tivesse controle sobre os direitos autorais de suas músicas. No entanto, essa decisão foi contestada por Vera Boldrin, filha única dele com a cantora Lurdinha Pereira.
Além dela, quem também supostamente deveria ter direito sobre a obra do cantor seria Marcus Boldrin, neto que Rolando adotou legalmente como filho quando tinha 12 anos. Por tanto, ele seria visto, pela lei, como um dos herdeiros.
Segundo informações do jornal Folha de São Paulo, os herdeiros legais do cantor apontam que a decisão judicial seria inconstitucional. Visto a legislação brasileira afirma que metade do patrimônio deixado por uma pessoa morta deve ser destinado aos herdeiros.
A publicação ainda revela que os dois contestaram a validade do testamento, afirmando que "não ter certeza sobre a veracidade do documento porque ele não foi assinado e celebrado na presença deles" ou até mesmo realizado em reunião formal.
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Em depoimento ao jornal, a viúva afirmou que a decisão de Rolando é uma resposta a falta de compatibilidade entre pai e filha. Já que os dois divergiam em diversos aspectos, não apenas no gosto musical, mas também politicamente. Ela afirmou que gostaria de ficar com o controle do trabalho de Rolando, com o objetivo de perpetuar sua obra de maneira respeitosa na área da educação.
"As opiniões do Rolando eram sempre divergentes às da filha. Ela assiste Record e tem preferências musicais que não correspondem às dele. Na questão política, ela é Bolsonaro. O Rolando não era pró-Lula, mas votaria nele nessa eleição. Ele tinha asco do Bolsonaro por causa da questão das vacinas e das falas agressivas", afirmou.