Raul Cortez partiu após luta contra doença silenciosa; morte gerou comoção na classe artística
Caras
Um dos grandes destaques da novela O Rei do Gado, o ator Raul Cortez morreu em 18 de julho de 2006. Ele não resistiu ao lutar bravamente contra uma doença silenciosa e grave: o câncer de pâncreas. Na época, o ator emocionou o Brasil com sua luta.
Quase sete anos a exibição da novela, ele foi diagnosticado com a doença e precisou paralisar a carreira por tempo indeterminado quando estava no ar na novela Senhora do Destino. Em dezembro de 2004, ele foi operado para a retirada de um tumor que havia se espalhado e atingido o intestino delgado.
Após sessões de quimioterapia, o galã melhorou e acabou recebendo alta. Se recuperando em casa, ele chegou a voltar a atuar na minissérie JK, exibida pela Globo em 2006. No mesmo ano, o quadro do ator piorou e ele precisou voltar a ser internado.
No dia 18 de julho, ele faleceu no início da noite no hospital Sírio-Libanês, na Bela Vista (região central de São Paulo) após ficar internado por duas semanas. A notícia da morte gerou comoção, já que ele era considerado um dos maiores atores da história da dramaturgia brasileira.
COMO FOI O VELÓRIO?
A despedida ao premiado ator de teatro, cinema e TV ocorreu no Theatro Municipal de São Paulo. Parentes, amigos e multidão estimada em 10 mil pessoas - segundo a Guarda Civil Metropolitana - fizeram a última homenagem ao ator.
A cerimônia seguiu os últimos desejos do galã. A pedido dele, seu corpo foi levado ao velório em urna lacrada, coberta com a bandeira do Estado de São Paulo. Raul queria que todos lembrassem dele em atividade, atuando, o que não será nada difícil. "Eu apenas queria agradecer em ter como pai esse grande homem, grande ator e grande cidadão", afirmou Maria Cortez com exclusividade à CARAS. Ele também era pai de Lígia Cortez.
No final da tarde, sob aplausos dos fãs, o corpo de Raul Cortez foi levado para o Crematório de Vila Alpina, num carro do Corpo de Bombeiros. Também a pedido dele, suas cinzas seriam jogadas no sítio que ele possuía em Porto Feliz, no interior de SP.