Filha de Susana Naspolini, Julia Naspolini conta última conversa com a mãe: "Não larguei"
Contigo!
Filha da repórter Susana Naspolini, Julia Naspolini fez um desabafo sobre lidar com o luto neste sábado (12).
Em entrevista à revista Veja, a jovem de apenas 16 anos relembrou a dor de perder o pai, morto quando ela ainda era criança, e como está lidando com a morte da mãe, no fim de outubro, vítima de um câncer.
"Há momentos em que estou bem, em outros, nem tanto. Minha mãe, meu grande exemplo, me fez ser forte", conta. Mesmo tendo câncer cinco vezes, a famosa não se abateu: "Com aquela mesma disposição e otimismo com os quais fazia as reportagens que ajudavam a resolver os problemas de comunidades no Rio, ela enfrentava as dificuldades da vida. E não foram poucas".
Nos últimos dias, as duas já sabiam da gravidade do caso e houve uma última conversa entre mãe e filha. "Naquele dia, já extremamente debilitada, falou comigo pela última vez. Queria que ficasse a seu lado, e eu não larguei sua mão. Mas não deu. Ela se foi aos 49 anos", conta.
"Ela me fazia rir o tempo todo. Na pandemia, cheguei a ajudá-la a gravar em casa uma matéria sobre a tensão pré-Enem. Roubou todos os meus chocolates para aparecer comendo no vídeo", narra. Agora morando com a avó, a adolescente pretende terminar os estudos no Rio de Janeiro.
Mesmo sem a presença física dos pais, ela pensa em seguir a carreira deles: "Como muita gente da minha idade, estou indecisa em relação à escolha no Enem. Não sei se tento medicina, direito ou jornalismo, seguindo os passos dos meus pais. Seja qual for a escolha, os dois já me deram grandes lições, que carrego comigo. Apesar de tudo isso não ser nada fácil, minha maior escolha mesmo é ser feliz como a minha mãe".
HOMENAGEM
Após a prefeitura de Nova Iguaçu eternizar Susana Naspolini com uma emocionante homenagem, chegou a vez do governo municipal do Rio de Janeiro mostrar suas condolências à família e ao legado que a jornalista deixou.
Nesta quinta-feira (27), o perfil oficial da prefeitura anunciou que o Parque de Realengo, localizado na Zona Oeste da cidade, receberá o nome da comunicadora que faleceu no dia 25 de outubro. A homenagem é uma forma de guardar a repórter da memória após seu grandioso trabalho no RJ Móvel.
