Leidy Elin confessa arrependimento após participação no BBB 24: 'Me exaltei'
Contigo!
Leidy Elin, dona de passagem polêmica pelo BBB 24, supera os ataques que recebeu e trilha novos caminhos, sem deixar suas convicções de lado. Em entrevista à Contigo! Digital, a trancista do Rio de Janeiro fez um balanço de sua participação no reality global e revelou sonho de ajudar jovens das periférias.
Como está sendo a recepção do público aqui fora?
- Calorosa demais! Eu estou em êxtase com tudo que vem acontecendo, me senti muito acolhida por todos.
Esperava receber a maior rejeição da temporada? Qual foi a sua reação?
- Esperava sim! Falava na casa que eu iria sair com uns 90% por estar mexendo com o favorito da edição, saí com 88%. Me surpreendi positivamente.
Se arrepende de alguma atitude dentro da casa? O que?
- Só do dia que eu me exaltei e joguei as malas na piscina. Fora isso, não me arrependi de nada.
O episódio da mala na piscina causou um furor aqui fora e até te gerou uma bronca. Sente que passou realmente do ponto?
- Sim! Eu vi no dia seguinte, antes da bronca do Tadeu, que tinha passado do ponto e fiquei mal. Aqui fora, eu não resolveria nada daquela forma. Viraria as costas, bloquearia a pessoa e iria embora da vida dela.
Lá dentro, vocês já conseguiam notar que as Fadas eram favoritas. Pensou em se reaproximar deles por causa disso?
- Não! Lá dentro, eu via que o Davi era o favorito, não as fadas em si, então não pensei em me reaproximar não! Sempre me senti excluída por elas, e ali eu joguei com meu coração, não iria forçar nada na falsidade.
Se sentiu injustiçada no programa?
- Sim! Quando eu passei dos limites das malas, o Davi também iria passar jogando água em mim, mas foi impedido. Todos nós somos seres humanos e sabemos quais são os nossos limites.
Muitos julgaram sua amizade com a Yasmin Brunet lá dentro. Já se falaram aqui fora? Qual a importância desse vínculo pra você?
- Tive contato com ela logo depois que saí e, agora, a gente se fala quase todos os dias. A internet é cruel demais, querem controlar a sua vida. Qualquer tipo de relacionamento não é sobre cor e sim conexão um com o outro. Tem pessoas pretas na casa que só andam com pessoas brancas e isso não foi um problema, apontaram isso apenas para mim. Eu adoro a Yasmin, ela se preocupa comigo, me acolheu e eu a acolhi. Tivemos conexão, assim como tive com o Buda, Raquele e Marcos. Quero a amizade de todos aqui fora!
Você sofreu ataques duros do público e chegaram até a derrubar sua conta do Instagram. Sente que essa perseguição foi ainda mais pesada por ser uma mulher negra?
- Com toda certeza! Esse é o peso de ser uma mulher preta retinta e que veio da favela. Me botaram um peso como se apenas eu precisasse lutar pelas 8 pessoas pretas, pobres e da periferia que entraram ali. E os meus sentimentos? E o que eu sinto? Me cobraram letramento racial, superimportante, mas os pretos com falas preconceituosas, machistas e homofóbicas não foram cobrados.
Como você se vê sendo símbolo dessa luta por uma causa tão importante? Que imagem você quer que as pessoas tenham de você?
- Como dizia Zumbi dos Palmares: “Nascer negro é consequência e ser negro é consciência”. Quero dizer que todo o povo preto é símbolo de resistência e luta. Hoje, como figura pública, quero usar o meu trabalho, que também traz a ancestralidade do meu povo, para mostrar a importância do letramento racial.
Se você tiver a chance de reencontrar os participantes com quem se desentendeu, o que diria?
- Diria que jogo é jogo. O que aconteceu na casa permanece na casa! Aqui fora, desejo boa sorte e uma ótima caminhada para todos.
Como você sente que o BBB transformou sua vida?
- Pelo reconhecimento nas ruas, pelas pessoas que eu admiro me dando apoio e pelas oportunidades que estão aparecendo, coisa que eu nunca imaginei ser possível de acontecer!
Quais são seus planos, desejos e objetivos aqui fora? O que quer conquistar?
- Meu plano é focar na minha profissão de trancista, que é a minha paixão, e conquistar o meio da comunicação também. Estou aberta a propostas e sempre disposta a aprender mais e mais. Aqui fora eu quero levar a estética da mulher negra mundo afora, poder ajudar meninas periféricas a ter uma renda extra ou escolher o ramo da trança como profissão, como eu. Queria ajudar com cursos de tranças bem acessíveis para todas ingressarem nesse ramo da estética afro.