Motoristas de aplicativos usam contas falsas em São Paulo
ICARO Media Group TITAN
Motoristas e usuários de aplicativos de transporte na cidade de São Paulo têm enfrentado um problema crescente com a aquisição de contas falsas por parte de alguns condutores, de acordo com informações de representantes da categoria. Essa prática tem preocupado tanto os que desejam trabalhar honestamente quanto as vítimas de criminosos, que se passam por motoristas para cometer assaltos. Nos meses de setembro e outubro, pelo menos duas pessoas foram atacadas durante viagens iniciadas no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, por um indivíduo que utilizou identidades falsas para aceitar corridas.
O presidente do Sindicato dos Motoristas de Aplicativo do Estado de São Paulo, Leandro Cruz, relatou que as plataformas de transporte vêm bloqueando um grande número de condutores, o que tem levado alguns a recorrer à compra de contas falsas como única alternativa para continuar trabalhando. Segundo ele, essa situação tem se intensificado recentemente e os perfis falsos são criados com base em informações pessoais obtidas em sites e aplicativos, incluindo fotos semelhantes às dos motoristas para não levantar suspeitas.
O esquema de contas falsas foi exposto quando um motorista, identificado como Juan Emanoel dos Santos, utilizou duas identidades falsas para atacar passageiros durante viagens iniciadas no aeroporto. Uma das vítimas, uma psicóloga de 57 anos, foi roubada, enquanto outra, uma advogada de 32 anos, foi coagida a fazer transferências bancárias no valor de R$ 18 mil. Após ser preso, Santos admitiu os crimes e confessou tê-los cometido sob o nome falso de "Yam" e "Elcio".
Diante dessa situação, a Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec) afirmou que as plataformas priorizam a segurança dos motoristas e usuários, exigindo que os condutores estejam devidamente cadastrados e com a documentação do veículo em dia. As informações dos motoristas são validadas em sistemas governamentais e passam por constantes checagens criminais para garantir a integridade do serviço prestado. O Ministério Público abriu um Inquérito Civil na área do consumidor para investigar a contratação e manutenção dos motoristas de aplicativos, visando aprimorar a segurança dos usuários.
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