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O filme que decepcionou o Walt Disney
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Recreio
01/09/2023 18h23
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De todas as animações da Disney, 17 delas foram produzidas pelo próprio Walt Disney. Apesar de todas terem um toque único do cineasta, algumas conquistaram um lugar especial na vida dele, como “Branca de Neve e os Sete Anões”, que foi o seu primeiro longa, e “Cinderela”, que tinha sua princesa favorita. Entretanto, existe um filme no qual o produtor nunca conseguiu apreciar.

A animação que decepcionou Disney

A animação em questão é “Alice no País das Maravilhas”, que foi lançada em 1951. O longa foi a 11º produção do estúdio de Disney, e não agradou o cineasta desde o começo, quando ainda era somente um projeto. Esse “relacionamento” entre a produção e o produtor foi explicada no livro “Walt Disney: O Triunfo da Imaginação Americana”, escrito por Neal Gabler.

Segundo a obra, a atriz Mary Pickford, pediu para Disney, em 1933, adaptar o romance de Lewis Caroll. Ela queria que o filme fosse uma mistura de animação com live-action, igual aos curtas já produzidos pelo estúdio na década de 1920, como “Alice’s Comedies”. Pickford ofereceu uma quantia considerável para o cineasta financiar o projeto, e Walt Disney não respondeu à oferta da atriz.

Em 1938, Disney comprou os direitos de publicação do livro ilustrado por John Tenniel, no qual conta a história de Caroll. Nessa época, a obra original de “Alice no País das Maravilhas” já era considerada de domínio público, mas não bastou somente isso para que o filme realmente começasse a ser realizado.

A produção ficou na fase de desenvolvimento por muitos anos, e contou com inúmeras mudanças, sendo a principal delas o fato da história ser uma animação, e não mais uma mistura, como Pickford tinha solicitado. Houveram também muitos obstáculos entre os roteiristas, sem contar as interrupções de Disney no processo.

Cena da animação 'Alice no País das Maravilhas'
Cena da animação 'Alice no País das Maravilhas' / Crédito: Reprodução/Disney

Não bastando os problemas com a história, o cineasta e o departamento de animação não encontravam o visual ideal para Alice. Disney achava a personagem “muito fria, sem emitir calor”, conforme repercutiu o AdoroCinema.  Além disso, os animadores estavam trabalhando ao mesmo tempo em “Cinderela”, que foi lançado um ano antes de “Alice no País das Maravilhas”.

 O livro de Gabler revela que havia uma certa pressão para Disney produzir essa história, mesmo que ele não gostasse dela, uma vez que “pessoas muito sofisticadas” estavam insistindo pela produção. O manuscrito ainda revela que, se dependesse de Roy Disney, irmão do cineasta e co-fundador do estúdio, o filme da menina inglesa que corre atrás de um coelho branca nunca seria lançado.

Mesmo com os empecilhos, os roteiristas continuaram seus trabalhos. Nessa altura, Disney só não desistiu da história pois “Peter Pan” não estava pronto, e o estúdio precisava lançar alguma coisa. Assim, em 28 de julho de 1951, a animação chegava aos cinemas, mesmo que contra a vontade da grande maioria que produziu o longa.

O filme, que já não era querido pelos seus próprios criadores, também não cativou o público. A bilheteria da animação foi de U$ 2 milhões, sendo que seu orçamento foi de U$ 3 milhões. De acordo com o livro de Gabler, depois do fracasso em bilheteria, Disney deu uma entrevista e disse que o filme foi como uma “grande decepção”. Em outra entrevista, o produtor também disse que ele e a equipe não sentiram nada em relação à animação, mas que eles foram obrigados a criar esse universo maluco.

Porém, o que Walt Disney e sua equipe não contavam é que, a partir dos anos 60, com o seu lançamento em VHS, o filme se tornaria um dos clássicos do estúdio e considerado por muitos nos dias de hoje, uma produção a frente do seu tempo.

Leia a matéria original aqui.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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