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O personagem da Pixar que foi inspirado em um grande artista de Hollywood
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O personagem da Pixar que foi inspirado em um grande artista de Hollywood

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Recreio
28/10/2024 16h18
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©Divulgação/ Pixar
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No universo da animação, é extremamente comum encontrarmos personagens que foram inspiradas em pessoas da vida real. Popeye, por exemplo, foi baseado em Frank “Rocky” Fiegel, um morador de Chester, Illinois, a cidade natal do criador, Elzie Crisler Segar. Já Mate, de “Carros”, foi inspirado em um superintendente de construção civil chamado Douglas Keever.

Além de pessoas comuns, muitos personagens também acabam recebendo inspiração de grandes personagens da indústria do entretenimento. Como exemplos, podemos citar o Gênio, de “Aladdin”, que foi baseado no ator Robbin Williams; o próprio Aladdin, que teve sua aparência baseada em Tom Cruise; a princesa Branca de Neve, que teve como referência a atriz Hedy Lamarr, entre muitos outros.

Em determinadas ocasiões, no entanto, a inspiração pode não ser tão clara para o público, tornando a informação um fato curioso — assim como aconteceu em uma popular animação da Pixar: “Wall-E”.

Inspirada em uma lenda do cinema

Lançado no ano de 2008, “Wall-E” apresenta a história de um adorado robô criado para compactar lixo, que vive sozinho na Terra após o planeta se tornar inabitável devido ao grande nível de poluição, e acaba ganhando um novo propósito com a chegada de um robô mais moderno: Eva, que faz com que Wall-E enfrente uma intensa jornada através da galáxia.

Cena da animação 'Wall-E' (2008)
Cena da animação 'Wall-E' (2008) / Crédito: Reprodução/Pixar

Em entrevista ao AV Club (via AdoroCinema) no mesmo ano de estreia da animação, Andrew Stanton, diretor responsável pelo filme, revelou que um dos maiores desafios da equipe foi animar um robô que não possuía falas, mas que conseguisse expressar sua história sem precisar de palavras.

"Dissemos a nós mesmos que deveríamos olhar para os mestres, porque essas pessoas tiveram décadas para se tornarem os melhores contadores de histórias sem precisar recorrer a diálogos", explicou. "Assim, assistimos a um filme de Charlie Chaplin, um filme de Buster Keaton e, às vezes, um filme de Harold Lloyd, todos os dias na hora do almoço, durante quase um ano e meio, com as equipes de roteiro e animação. E nos familiarizamos com todo o seu trabalho".

Foi dessa forma, baseando-se em grandes nomes do cinema mudo, principalmente em Charlie Chaplin com as obras “Tempos Modernos” e “A General”, que a Pixar conseguiu desenvolver “Wall-E”, fazendo com que, nos primeiros 39 minutos de filme, o longa não conte com um diálogo.

Charlie Chaplin em 'Tempos Modernos'
Charlie Chaplin em 'Tempos Modernos' (1963) / Crédito: Hulton Archive/Getty Images

Andrew ainda reflete que, com o passar do tempo, as pessoas teriam ficado “preguiçosas” e passaram a confiar apenas no diálogo para transmitir uma mensagem, esquecendo completamente da linguagem corporal.

"Paramos de nos perguntar o que não poderíamos contar de uma forma totalmente visual. Esses caras [Chaplin e Keaton] eram simplesmente... tudo parecia possível de ser transmitido. E percebemos o quanto dessa direção e desse trabalho se perderam com o surgimento do som. As pessoas ficaram preguiçosas e confiaram apenas no diálogo para transmitir as coisas".

Sendo um dos grandes sucessos da Pixar, “Wall-E” arrecadou mais de 521 milhões de dólares em bilheteria mundial, segundo dados do Box Office Mojo (via ScreenRant). Hoje, o filme está disponível para streaming através da plataforma Disney+.

Leia também: Por que a Pixar demorou 14 anos para fazer 'Wall-E'?

Leia a matéria original aqui.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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