Veja as polêmicas sobre o novo live-action de 'Branca de Neve'

Com estreia prevista para 2024, o live-action de “Branca de Neve e os Sete Anões” tem sido alvo de polêmicas desde o seu anúncio. A produção, que conta com a atriz Rachel Zegler como protagonista, e Gal Gadot dando vida a Rainha Má, promete recriar de forma moderna o clássico lançado em 1937.

Apesar da Disney contar com um recente histórico de live-actions de sucesso, como “A Bela e a Fera” (2017), “Aladdin” (2019), “A Pequena Sereia” (2023), entre outros, muitos fãs não estão satisfeitos com as recentes notícias sobre a adaptação da primeira princesa da The Walt Disney Company.

Se você está por fora de tudo o que tem acontecido, confira algumas das principais polêmicas envolvendo o live-action de “Branca de Neve e os Sete Anões”!

1. Modernização do clássico

A modernização das histórias tem sido uma prática comum da Disney em seus remakes. Em “Aladdin” e “A Pequena Sereia”, por exemplo, Jasmine e Ariel são retratadas de formas mais empoderadas, mas mantendo-se fiel às suas tramas originais. Segundo informações reveladas por Racher Zegler, o remake de “Branca de Neve” também deverá ser diferente da animação de 1937.

Durante a D23 Expo realizada no mês passado, a atriz revelou que o live-action contará com algumas mudanças, como a própria personalidade de Branca de Neve, que se tornará uma princesa mais empoderada e que encontrará sua própria voz, sem precisar depender de qualquer príncipe — já que, na nova versão, o famoso príncipe encantado não existe. O par romântico da princesa será Jonathan, um personagem que se assemelha a Robin Hood e que será interpretado por Andrew Burnap.

2. Sem os sete anões

Outro grande questionamento entre os fãs é a ausência dos sete anões. Os clássicos personagens, que possuem grande importância na história original, serão substituídos por outras criaturas mágicas, conforme dito em um anúncio realizado pela Disney.

A decisão de mudar os personagens surgiu após uma crítica realizada pelo ator Peter Dinklage, de “Games Of Thrones”, que tem nanismo, e acusou os estúdios de reforçar o estereótipo de pessoas com nanismo. Em entrevista ao WTF Podcast, ele disse:

“Eles estão orgulhosos de terem escalado uma mulher latina como Branca de Neve, mas ainda estão contando a história de Branca de Neve e os Sete Anões. Deem um passo para trás e vejam o que estão fazendo aí. Não faz sentido para mim. Você faz progresso de uma maneira, mas você ainda está fazendo uma história retrógrada sobre sete anões vivendo em uma caverna juntos".

3. A escalação de Rachel Zegler

Rachel Zegler foi anunciada como Branca de Neve no ano de 2021 e, desde sua escalação, diversos debates nas redes sociais começaram a surgir devido a sua origem.

Isso porque a atriz é latina com ascendência colombiana, dessa forma, muitos internautas passaram compartilhar publicações com teor racista e xenofóbico, afirmando na internet que ela não seria uma boa opção para dar vida a uma personagem que é retratada como tendo “a pele branca como a neve”, sendo que ela não possui essa característica.

4. Críticas da protagonista

Apesar de ter agradecido em suas redes sociais a todos que defenderam sua escalação, e celebrado o fato de poder dar vida a uma princesa tão importante, Rachel já criticou a animação de 1937 em entrevistas antigas, fazendo com que uma nova onda de questionamentos sobre seu papel surgisse na internet.

Conforme repercutido pela Cosmopolitan (via ScreenRant), Zegler disse há alguns anos que “Branca de Neve e os Sete Anões” é "extremamente desatualizado no que diz respeito às ideias de as mulheres ocuparem papéis de poder e ao que uma mulher é adequada no mundo".

Na última semana, Rachel participou da greve dos roteiristas e atores de Hollywood onde, durante o protesto, segundo divulgado pelo AdoroCinema, a atriz teria dito: “Se vou ficar lá 18 horas por dia vestida como uma princesa icônica da Disney, mereço ser paga por cada hora que fica on-line”.

5. Críticas do filho de David Hand, diretor original da animação

Nessa semana, uma outra grande polêmica surgiu após fortes críticas feitas pelo animador David Hale Hand, filho de David Hand, diretor original da animação ao lado de Walt Disney. Durante uma entrevista ao The Telegraph (via Cine Pop), o profissional disse que tanto seu pai, quanto Disney, estariam “se revirando no túmulo” com as alterações do live-action.

“O novo filme da ‘Branca de Neve’ é um conceito totalmente diferente, e eu discordo totalmente dele, e sei que meu pai e Walt também discordariam. Não há respeito pelo que a Disney fez, pelo que meu pai fez... Acho que Walt e ele estariam se revirando e, seus túmulos.”, disse.

O profissional ainda acrescentou afirmando que “É uma desgraça que a Disney esteja tentando fazer algo novo a partir de algo que foi um grande sucesso antes... Seus pensamentos são tão radicais agora. Eles mudam as histórias, mudam o processo de pensamento dos personagens. Eles estão inventando coisas novas e eu simplesmente não gosto de nada disso. Acho francamente um pouco ofensivo o que eles podem ter feito com alguns desses filmes clássicos. [A Disney] não deveria pegar um clássico e reescrevê-lo à sua própria imagem. Escolha fazer outra coisa... Crie novos personagens, mas não destrua ou tente destruir um clássico.”