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Dias antes de sua morte, Ayrton Senna se impressionou com acidente de Rubinho
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Dias antes de sua morte, Ayrton Senna se impressionou com acidente de Rubinho

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Aventuras Na História
30/11/2024 17h00
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©Getty Imagens
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'Senna', que estreou na última sexta-feira, 29, na Netflix, recorda em seis episódios a trajetória do ídolo brasileiro da Fórmula Um. Misturando realidade e ficção, a trama narra desde a infância de Ayrton no kart até o trágico acidente que encerrou sua vida no Grande Prêmio de San Marino, na cidade italiana de Ímola, em 1º de maio de 1994. 

+ Senna: 5 coisas para saber antes de assistir à série da Netflix

Aquele final de semana, porém, começou com um presságio do que estaria por vir. Afinal, logo na sexta-feira, durante a sessão de qualificação da tarde, Rubens Barrichello, ainda em seu segundo ano na categoria, sofreu um impressionante acidente. Relembre!

O final de semana mais triste 

O dia 29 de abril de 1994 remete a data do pior acidente que Rubens Barrichello sofreu durante sua trajetória no automobilismo. Logo nos treinos de sexta-feira do GP de San Marino, o terceiro daquela temporada, o brasileiro, na direção da Jordan n.º 14, passou por cima de uma zebra (nome dado às marcações que dão limite à pista), voou e se chocou com o topo de uma barreira de pneus na curva Variante Bessa.

Eu não lembro a pancada. Só lembro do 'ops, fiz c....'. Entrei forte demais, o carro guina para a direita, é a hora que eu corrijo e ele volta, e…", relembrou Rubens em entrevista, em 2014, ao Esporte Espetacular.

Apesar das imagens chocantes e do forte impacto, Barrichellosofreu apenas uma luxação na costela e uma fratura no nariz. Aquele foi apenas o primeiro acidente do que viria a ser conhecido como 'O final de semana mais triste da história da Fórmula 1'. 

Acidente com Rubens Barrichello no GP de San Marino - Getty Images

Afinal, o dia seguinte foi ainda pior, de luto. Nos treinos classificatórios de sábado, o austríaco Roland Ratzenberger, que corria pela Simtek, bateu violentamente após sua asa dianteira colapsar na reta que ligava as curvas Tamburello e Villenueve, a uma velocidade aproximada de 315 quilômetros por hora. Seu carro ficou destruído do lado esquerdo e ele sofreu lesões cerebrais fatais. A morte foi confirmada pouco depois, no Hospital Maggiore de Bolonha.

Já o domingo de corrida começou com mais um acidente: ainda no grid, a Benetton de J.J. Lehto não largou e o piloto Pedro Lamy, da Lotus, a atingiu na traseira. O impacto fez com que um pneu se soltasse, atravessasse a cerca que protegia a pista e atingisse quatro espectadores. 

Rubinho e Ayrton 

Quando sofreu o acidente que lhe tirou da corrida, Barrichelloera vice-líder do campeonato. O brasileiro havia conquistado o quarto lugar no GP de Interlagos e a terceira colocação no GP de Aida (Japão). 

O circuito de Ímola, porém, ao contrário dos outros dois, era muito mais veloz, e esperava-se que a Jordan não alcançasse resultados tão bons. "Pódio em Imola, talvez não. Mas chegando ao fim da corrida, quarto, quinto ou sexto está no programa", disse Rubens à Globo, momentos antes dos treinos. 

No primeiro treino livre, ele havia conseguido o 10º lugar, ficando pouco mais de dois segundos atrás do líder, Ayrton Senna. O resultado era até esperado, mas Barrichello sentia que poderia mais e tentou compensar a falta de desempenho do carro em sua habilidade de piloto. 

Mas o acidente aconteceu logo na primeira volta rápida. A imagem assustou a todos, principalmente pelo fato da Jordan ter ficado de lado. Após o carro ser colocado em sua posição original, constatou-se que Rubinho estava desacordado. 

Rubinho recebendo atendimento - Getty Images

Ele foi atendido pela equipe comandada pelo veterano Sid Watkins, que agiu de forma rápida e segura, o que foi fundamental para o brasileiro não sofrer sequelas. "Como o próprio Sid Watkins disse depois, eu morri por seis minutos".

Após cerca de 10 minutos de atendimento, o piloto foi transportado para o centro médico do autódromo. Toda a situação deixou Ayrton muito preocupado. "Foi um final de semana caótico. Não foi só a corrida que foi caótica, foi todo o final de semana, que começou no treino quando o Rubinho bateu feio. O Rubinho era o menino dos olhos do Ayrton. Então, aquela batida do Rubinho mexeu profundamente com ele, e comigo também", recorda a apresentadora Adriane Galisteu em entrevista à Aventuras na História realizada em 1º de maio de 2020, quando a morte de Senna completou 27 anos. 

Pouco depois do acidente, relembra o blog F1 Memória, do Globo Esporte, Senna, transtornado com as cenas do acidente, pulou o muro e foi ao lado do empresário Geraldo Rodrigues ver o amigo. Ele se 'tranquilizou' ao ver Rubens consciente, apesar de machucado.

Rubinho ainda foi levado ao Hospital Maggiore, onde ficou sob observação até sua liberação naquela noite. No dia seguinte, acompanhou de perto as atividades do dia no autódromo e esteve presente na cabine da TV Globo para ver o segundo treino livre. 

Na manhã de domingo, retornou a Cambridge (na Inglaterra), onde morava na época. E foi de sua casa que acompanhou o acidente que vitimou Senna. "Fico triste de não estar lá para poder retribuir o carinho que ele me deu", disse à Globo na época. 

"Na sexta-feira ele foi o único a entrar no ambulatório para me dar força. Fico ainda mais triste de saber que não vou mais conseguir pegar conselho, não vou poder mais nada", lamentou.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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