Maguila aceitou doar seu cérebro para estudos após sua morte
Caras
O ex-boxeador Maguila faleceu aos 66 anos de idade nesta quinta-feira, 24. Com a triste notícia de sua morte, uma história de 2018 voltou à tona: o ex-atleta queria doar seu cérebro para estudos científicos.
Em 2018, uma reportagem do site Globo Esporte revelou que Maguila e sua família aceitaram doar o cérebro dele para estudo da Universidade de São Paulo (USP) com o objetivo de aprofundar os conhecimentos sobre a demência pugilística. Na época, o professor e médico Renato Anghinah, da Faculdade de Medicina da USP, revelou a importância das doações dos cérebros de ex-atletas.
“Receber cérebros de pessoas que tiveram doenças desse tipo é fundamental não só para entender a doença cada vez, mas para tentar ver como se previne a doença e evitar que outras pessoas fiquem doentes”, afirmou ele ao GE.
A mesma atitude de doar o cérebro foi tomada pela família de Bellini, ex-capitão da Seleção Brasileira. Ele faleceu em 2014 e também sofria de demência do pugilista. Na época, a família optou pela doação do cérebro dele para estudos em busca de colaborar com os conhecimentos sobre os traumas do esporte nos atletas.
Maguila sofria de encefalopatia traumática crônica, que também é conhecida como demência pugilística. A doença foi diagnosticada em 2013.
A morte de Maguila
A morte do ex-atleta Maguila foi confirmada por sua esposa, Irani Pinheiro, em conversa com o programa de TV Balanço Geral, da Record, no início da tarde desta quinta-feira, 24. "A gente teve momentos bons, momentos ruins, mas deus sempre esteve conosco”, disse ela.
Natural de Aracaju, Maguila lutou por 17 anos. Ele teve 77 vitórias, sendo 61 por nocaute, e sete derrotas. Ele participava das categorias de peso-pesado e era reconhecido pelo seu soco de direito poderoso.