No Estádio Olímpico, Caio Bonfim recebe a medalha de prata da marcha atlética
Gazeta Esportiva
Caio Bonfim, enfim, passou pela emoção de receber a medalha de prata conquistada na prova da marcha atlética dos Jogos Olímpicos de Paris. A cerimônia ocorreu nesta sexta-feira no Stade de France.
O fato de os vencedores da marcha não receberem a medalha de forma imediata é comum nas Olimpíadas. Pela tradição, eles são premiados no pódio do estádio onde ocorre a maioria das provas de atletismo.
Relembre a prova
Caio Bonfim ultrapassou a linha de chegada na segunda posição da marcha atlética 20 km e faturou medalha de prata, um feito inédito para o Brasil na modalidade.
O atleta terminou a prova com o tempo de 1h19min09, pouco atrás do equatoriano Brian Pintado, com 1h18min55. O espanhol Alvaro Martin, com 1h19min11, completou o pódio. Já outros dois brasileiros, Max Batista e Matheus Corrêa, ficaram na 28ª e 39ª posições, respectivamente.
A prova, antes agendada para as 2h30 (de Brasília) da manhã, atrasou e teve início às 3h em virtude das condições climáticas em Paris. Caio começou muito forte, mas foi advertido com um cartão amarelo e ficou para trás. Com 5 km percorridos, o brasileiro ocupava apenas o 34º lugar.
O marchador apertou o ritmo durante a prova e foi ganhando posições, se aproximando do pelotão de frente. Ele chegou a liderar o percurso e se manteve entre os primeiros colocados. Já na reta final, Caio levou a segunda advertência e ficou pendurado. Ele, porém, acelerou na reta final para ganhar a prata.
Caio Bonfim chegou a Paris como o atleta com maior número de participações olímpicas da delegação brasileira. Esta é a quarta aparicão dele nos Jogos.
Terceiro colocado no ranking mundial, o marchador já era tratado como um dos favoritos ao pódio. Ele ganhou medalhas nas últimas oito competições internacionais que disputou, inclusive o Mundial do ano passado.
Em seu currículo, Caio é detentor de dois bronzes em Mundiais, além de 12 títulos brasileiros, recorde sul-americano na marcha de 20 km e quarto colocado nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016. Até então, o melhor resultado de um brasileiro na história da modalidade nas Olimpíadas.