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Quinto dia de Mundial de atletismo: Brasil põe 5 mulheres no pódio em Kobe
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Quinto dia de Mundial de atletismo: Brasil põe 5 mulheres no pódio em Kobe

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Gazeta Esportiva
21/05/2024 11h56
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O quinto dia de competições do Mundial de atletismo, que acontece em Kobe, no Japão, até o próximo dia 25, foi reservado para as atletas mulheres do Brasil. Ao todo, as brasileiras emplacaram duas dobradinhas e subiram ao pódio cinco vezes, sendo dois ouros, uma prata e dois bronzes, o total do país nesta terça-feira, 21.

Além da vitória da baiana Raissa Machado no lançamento de dardo F56 (que competem sentados) na noite desta segunda-feira (no Brasil), 20, a acreana Jerusa Geber foi a outra medalhista de ouro do país na noite japonesa.

Ela conquistou seu tricampeonato na prova dos 100m da classe T11 (deficiência visual). A paranaense Lorena Spoladore chegou em terceiro na mesma disputa e levou o bronze. Já a capixaba Lorraine Aguiar e a rondoniense Ketyla Teodoro fizeram a outra dobradinha brasileira nos pódios nos 400m T12 (deficiência visual).

Com essas vitórias, o Brasil igualou o número de medalhas de ouro da campanha feita no Mundial de Paris 2023, com 14 no total, e está somente a dois da melhor campanha da história, quando conquistou 16 ouros em Lyon 2013.

Assim, os brasileiros continuam na disputa da liderança do quadro geral de medalhas com os chineses. Além dos pódios dourados, a Seleção Brasileira chegou a seis pratas e cinco bronzes. Os asiáticos somam 15 ouros, 13 pratas e 13 bronzes.

O tricampeonato de Jerusa, que nasceu cega, em Rio Branco (AC), veio com muita emoção e ultrapassagem da brasileira sobre a adversária chinesa Cuiqing Liu nos últimos cinco metros da prova. Com isso, terminou a distância em 11s93, à frente da asiática, que fez 12s00, e de Lorena, com 12s26.

Com a vitória, a velocista acreana chegou à sua 10ª medalha em Mundiais de atletismo, sendo a maior medalhista da delegação brasileira em Kobe. Até agora, são cinco ouros e cinco pratas.

“Os 100 metros é a prova mais emocionante que tem na competição. É a mais rápida do mundo. A minha largada não é das melhores, mas durante a corrida a gente conseguiu recuperar. Minha mãe e meu esposo estão na arquibancada. Isso me motivou ainda mais. É a minha décima medalha em Mundiais e meu tricampeonato. Mais uma medalha para a nossa coleção. Não tenho palavras para explicar a emoção. Obrigada pela torcida de todos”, comemorou Jerusa, que ainda vai correr os 200m T11 às 21h56 (de Brasília) desta quarta-feira, 22,

Já Lorena, que teve glaucoma congênito, obteve a sua sexta medalha mundial desde Lyon 2013.

“Esse bronze vem com gosto de ouro. Ano passado, foi muito triste tudo que aconteceu em Paris 2023. A volta foi muito difícil. E agora a nossa recompensa veio”, afirmou Lorena, em referência à queda que sofreu durante a mesma corrida no ano passado, na capital francesa.

A capixaba Lorraine Aguiar, em contrapartida, conseguiu uma medalha mundial pela primeira vez na carreira. Foi prata nos 400m T12, com a marca de 58s26, o seu melhor tempo pessoal. O segundo pódio duplo do Brasil foi com Ketyla Teodoro, que também estreou em pódios mundiais, com 1min00s21.

Outro brasileiro envolvido em finais nesta manhã do Brasil foi o catarinense Edenílson Floriani (F42). Na decisão do lançamento de dardo F42/F64 (com deficiência nos membros inferiores), finalizou na sexta colocação, com 57,46m. O vencedor da prova foi o indiano Sumit (F64), com 69,50m.

Ainda na noite desta segunda-feira, a paraense Fernanda Yara e a potiguar Maria Clara Augusto avançaram para a final dos 400m T47 (para atletas amputados de braço) com os tempos de 58s14 e 1min00s42, respectivamente.

Fernanda, que teve o melhor tempo das classificatórias, é a atual campeã da disputa e vai buscar o bicampeonato. A final acontece às 22h (de Brasília) desta terça-feira, 21.

O maranhense Bartolomeu Chaves também assegurou sua vaga nos 400m T37 (paralisados cerebrais) com a marca de 53s00, o índice mais rápido das eliminatórias da prova. A disputa da medalha será às 22h08 (de Brasília) desta terça-feira.

O Mundial no Japão acontece no mesmo ano dos Jogos Paralímpicos de Paris 2024 após o Comitê Organizador Local (LOC, na sigla em inglês) solicitar ao Comitê Paralímpico Internacional (IPC, em inglês) o adiamento do Mundial, que seria em 2021, devido à pandemia de coronavírus. Com isso, a cidade japonesa sediará o evento de atletismo no ano posterior ao Mundial de Paris 2023, quando o Brasil teve seu melhor desempenho na história em Mundiais. Foram 47 medalhas no total, sendo 14 ouros, 13 pratas e 20 bronzes.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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