Cara de Sapato abre o coração sobre ansiedade: “É muito ruim e difícil…”
Sportbuzz
Campeão Sul-Americano, Pan-Americano e bicampeão mundial, Antonio Cara de Sapato Jr. também luta contra um grande problema fora dos octógonos do UFC, onde foi muito vitorioso: a ansiedade. Em um país que conta com 18,6 milhões de pessoas diagnosticadas com a doença, o lutador e ex-participante do Big Brother Brasil precisa disputar todos os dias contra ela para poder continuar sua jornada. Mas o esporte esteve sempre ao seu lado para o ajudar.
“Na atividade física você libera vários hormônios como a serotonina, endorfina, que são positivos no processo de tratamento da ansiedade ou da depressão. Muitas pessoas também acham inspiração em alguma atividade que se identificam. Eu sempre vivi do esporte, e lá você está sempre se desafiando e tentando vencer a si próprio”, afirmou o lutador, que está a mais de um ano sem lutar oficialmente, em entrevista exclusiva ao SportBuzz.
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Desejando voltar para o ringue, Antonio se diz animado para poder reviver o que mais ama fazer. “Eu estou muito feliz de estar podendo lutar, porque o que me impossibilitava era uma a lesão né. Quando você volta de uma recuperação assim, é tudo muito difícil nesse processo, então só de eu já estar treinando 100% já me deixa muito feliz. Acredito que quando eu voltar a lutar mesmo de fato vai ser um dia muito especial pra mim, eu não vejo a hora, é uma ansiedade boa”, contou.
Mas se a ansiedade de lutar já é muita, conviver com a doença dentro de um desafio completamente diferente do que estava acostumado deve ser muito pior. “Foi bem difícil, eu já sofro de ansiedade e crise de pânico há algum tempo. Querendo ou não, eu sou movido a desafios, por isso eu topei participar do BBB. Sem dúvidas foi muito difícil, mas foram grandes aprendizados, acho que a gente precisa sempre ter coragem de se desafiar”, revela o ex-brother, que viveu altos e baixos dentro do programa de confinamento.
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Terminando o Setembro Amarelo, Cara de Sapato busca cada vez mais usar sua plataforma para dar espaço para o assunto, na busca de conscientizar cada vez mais pessoas e prevenir que coisas ruins aconteçam. “É muito importante a gente buscar ajuda, reconhecer aquilo que a gente tem, aceitar e buscar o que está ao nosso alcance. A terapia é um meio que ajuda bastante nesse processo”, afirma.
Mas qual conselho o lutador pode dar para quem vive ou já viveu situações parecidas com a dele? “Não deixe de buscar ajuda! Fazer uma terapia, quando necessário também fazer um tratamento medicamentoso com psiquiatra. Você fazer uma atividade física, é muito importante! Se alimentar bem também faz uma diferença absurda, as pessoas não tem ideia do quanto a alimentação muda o nosso humor. Eu que trabalho com corpo, sinto isso muito forte! Você praticar uma atividade física que ajuda a liberar vários hormônios essenciais para o seu corpo, ter uma boa noite de sono também. [...] E também ter uma vida social, né? Acho que você não se isolar, é um passo fundamental! Estar perto dos seus amigos, pedir a ajuda deles também, manter sua vida social ativa é algo muito, muito importante. [...] Muitos também têm dificuldades de se abrir com pessoas mais próximas, a gente tem o CVV, que é o Centro de Valorização da Vida. Eu já falei muito sobre ele também, eles atendem 24h/7 dias por semana, via telefone, internet, você tem acesso o tempo todo”, aconselha.
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