Surfe em Paris 2024: o que esperar do Brasil dentro da água do Taiti
Sportbuzz
Faltam poucos dias para os tão esperados Jogos Olímpicos de Paris 2024. Com muitos atletas brasileiros classificados em inúmeras modalidades da principal competição esportiva, é possível esperar que o Brasil seja um dos favoritos em muitos esportes. No surfe não é diferente.
Com seis surfistas com vaga garantida na disputa que acontece em Teahupoo, no Taiti, um território francês no Oceano Pacífico, veja o que esperar da seleção verde e amarela nas ondas gigantes da Polinésia Francesa.
O Brasil terá três representantes em cada categoria, a feminina e a masculina. Nas mulheres, entram na água Tati Weston-Webb (classificada já em abril de 2023), Tainá Hinckel (jovem surfista que conquistou sua vaga com muito suor na repescagem do ISA Games) e Luana Silva (que arrematou a classificação após Tati ficar com o vice-campeonato do mesmo mundial).
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Pelos homens, os representantes brasileiros serão Filipe Toledo (por conta de sua posição no ranking da temporada), João Chinca (após combinação de resultados paralelos na temporada regular de 2023) e Gabriel Medina (vencedor do ISA Games). O último, tricampeão mundial, é um dos grandes favoritos ao pódio, visto sua facilidade nos tipos de ondas que Teahupoo apresenta aos seus surfistas.
Por que Teahupoo é a onda mais amada e desafiadora do mundo?
As ondas da Polinésia Francesa já proporcionaram momentos históricos, mas também foram responsáveis por causar medo nos surfistas. Uma queda em Teahupoo é capaz de deixar traumas para uma vida toda, causar ferimentos, desmaios e até mesmo afogamentos. Suas ondas começam a se formar nas profundezas de uma fossa abissal, quebrando sobre os corais venenosos e pontiagudos.
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Existe uma repentina diferença de profundidade do mar que vai de 1.4000m a 0,5m em um pequeno espaço que provoca uma onda de característica peculiar e única, gerando tubos quadrados e pesados. Esse tipo de formação que Medina está acostumado e se sai melhor.
O surfista que se desempenha melhor em tais águas são aqueles fortes fisicamente e que possuem técnicas apuradas, exigindo uma estratégia do atleta na hora de escolher qual surfar. Gabriel é mestre nisso. Filipinho não tem o costume de acumular bons resultados por lá, mas sua qualidade que o tornou bicampeão pode ser um fator diferencial. Chianca está acostumado e se sai muito bem em Teahupoo.
Teahupoo - Ondas e localização
A ilha da Polinésia Francesa tem uma formação de origem vulcânica, sedimentada por corais em todo seu entorno, deixando a água cristalina e azul turquesa. A formação produz uma rápida transição de águas muito profundas para rasas, não permitindo que a onda perca a energia antes de encontrar a bancada de coral sobre a qual ela se quebra.
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Posicionado no meio do Oceano Pacífico, Taiti é a maior ilha que compõe o arquipélago da Polinésia Francesa, recebendo as maiores ondulações do mundo. Com uma localização geográfica privilegiada, recebe ondas gigantes formadas entre o Círculo Polar Antártico e o sul da Austrália e da Nova Zelândia, podendo chegar até 10m de altura, dependendo das condições.
Os perigos de Teahupoo
Ninguém está livre dos perigos do local. Jadson André desmaiou com uma pancada na cabeça em 2014. Neco Padaratz foi finalizar uma onde em 2000, ficou preso em um recife, mas acabou conseguindo ser resgatado com vida. Maya Gabeira quase morreu por lá em 2011, quando ficou desacordada ao levar uma série de ondas na cabeça. Dois anos depois, fraturou o nariz enquanto gravava um comercial.
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Além disso, por lá existe o perigo dos corais. O coral é uma colônia de seres vivos ligados por uma estrutura de calcário. Eles são ásperos e afiados, sendo que alguns ainda podem soltar substâncias que irritam a pele, podendo causar cortes profundos e até mesmo afogamentos após surfistas ficarem presos entre eles.