Tragédia na Indonésia deixa 174 mortos; jogador brasileiro relata pânico
Sportbuzz
No último sábado, 01, o mundo do futebol se chocou com a tragédia em um estádio de futebol na Indonésia. A partida entre Arema FC e Persebaya Surabaya, pela primeira divisão nacional, ficou marcada por uma enorme confusão que terminou com a morte de ao menos 174 pessoas. A informação é do boletim do governo local.
Após o fim da partida, que terminou com a vitória do visitante Persebaya Surabaya por 3 a 2, a confusão começou e torcedores invadiram o gramado. Entre os mortos estavam dois policiais militares. Mais de 300 pessoas ficaram feridas na tragédia, de acordo com o inspetor-chefe da polícia local.
- City x United: Ten Hag cita ‘respeito’ e explica Cristiano na reserva
Segundo informações da imprensa do país, o tumulto deu início quando parte da torcida da casa invadiu o campo para cobrar jogadores e funcionários do clube. Para conter a confusão, a polícia entrou em ação e usou gás lacrimogênio. Diante do gás, pessoas acabaram perdendo o controle e foram pisoteadas durante a correria.
“No vestiário, comemoramos a vitória, mas a polícia veio e disse: “Não, não... corre, senão a gente não sai”. Aí já começamos a trocar de roupa todo mundo rápido, sem tomar banho mesmo e a polícia nos apressando. Aquela correria, loucura... aí conseguimos sair correndo, entrar no blindado e ficar esperando”, disse o jogador brasileiro Sílvio Júnior em entrevista ao “GE”.
- Haaland e Foden passeiam, e City atropela United no derby de Manchester
“Ficamos umas duas horas ali ainda vendo aquela cena. Era surreal. Eu passei pelo Azerbaijão na época da guerra com a Armênia e eu não vi as coisas que eu vi ali. Nós olhávamos pelo vidro da frente do blindado. Parecia cenário de guerra mesmo. Eles arremessando as coisas. Arremessaram alguma coisa que trincou o vidro do blindado. Coisa de doido. Maluquice. Eles jogando pedra... acabaram com o carro da polícia. Tinha um carro da polícia do lado da gente. Eles quebraram tudo”, acrescentou.
Fora do estádio, dois carros de polícia foram depredados e um chegou a ser queimado durante a confusão. Também foram identificados pontos de fogo em algumas instalações do estádio. O Arema se manifestou por meio de um comunicado dado pelo presidente Abdul Haris.
- Pep Guardiola elogia Haaland e Foden após marcarem no clássico
Confira o comunicado oficial do clube
"O Arema FC expressa suas profundas condolências pelo desastre em Kajuruhan (nome do estádio). A direção do Arema FC tabém é responsável pelo tratamento das vítimas, tanto as que morreram quanto as feridas.
Como acompanhamento, a gerência do Arema FC também estabelecerá um centro de crises ou posto de informações às vítimas para receber relatórios e tratar as vítimas que estão hospitalizadas e doentes.
Às famílias das vítimas, a direção do Arema FC pede imensas desculpas e está pronta para indenizar. A direção está pronta para aceitar sugestões de tratamento pós-desastre para que muitos sejam salvos."