5 fatos sobre congelamento de óvulos que você não conhecia
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Anamaria
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Cada vez mais mulheres estão optando por adiar a maternidade, uma tendência observada em diversos setores da sociedade, incluindo o mundo das celebridades. Famosas como Grazi Massafera, Paolla Oliveira e Mariana Ximenes são exemplos de figuras públicas que escolheram focar em suas carreiras e projetos pessoais antes de se tornarem mães. Essa decisão reflete mudanças culturais e sociais significativas, onde a liberdade de escolha e a igualdade de gênero entram em cena, além das vantagens proporcionadas por avanços na medicina reprodutiva, como o congelamento de óvulos.
No entanto, apesar de ter ter se tornado uma opção cada vez mais popular para mulheres que desejam adiar a maternidade, ainda existem muitos aspectos pouco conhecidos sobre o procedimento. Pensando nisso, AnaMaria conversou com os ginecologistas Alfonso Massaguer e Paula Beatriz Fettback, ambos especialistas em reprodução humana, que revelam cinco fatos surpreendentes sobre o congelamento de óvulos. De mitos comuns a avanços tecnológicos, descubra informações essenciais que podem mudar a maneira como você vê essa técnica de preservação da fertilidade.
5 fatos sobre congelamento de óvulos que você não conhecia
![congelamento de óvulos](https://timnews.com.br/tagger/images?url=https%3A%2F%2Fanamaria.uol.com.br%2Fmedia%2Fuploads%2F2024%2F07%2Fcongelamento-de-ovulos1.jpg)
Dados liberados pelo IBGE mostram que, enquanto o número geral de filhos por mulher no Brasil caiu 13% entre 2018 e 2023, ele subiu 16,8% no grupo de mulheres com mais de 40 anos. Outro dado da DataSus revela que o número de mães que tiveram filhos entre 35 e 39 anos subiu 46% em 13 anos.
Considerando este cenário em que o número de nascimentos a partir de mulheres entre 20 e 29 anos vem caindo ao mesmo tempo em que mulheres de 35 a 39 anos vêm dando mais à luz, faz-se necessário entender a técnica de congelamento de óvulos. A seguir, confira cinco fatos que você talvez não conheça sobre essa prática.
1. Congelamento de óvulos foi inicialmente desenvolvido para pacientes oncológicas
Inicialmente, a técnica foi desenvolvida para pacientes oncológicas, com o objetivo de proporcionar maior segurança ao futuro reprodutivo de mulheres jovens ou sem filhos antes de tratamentos como quimioterapia ou radioterapia. Segundo a Dra. Paula, o congelamento de óvulos também é recomendado para mulheres com risco de falência ovariana precoce. Atualmente, essa prática abrange questões sociais e culturais, como a liberdade de escolha, igualdade de gênero, mudanças nos padrões de vida e relacionamentos, além do impacto nas relações familiares.
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2. Não há idade limite para o congelamento de óvulos
De acordo com a especialista em reprodução humana, não existe uma idade definida que limite o congelamento de óvulos. Qualquer mulher que ainda ovula, ou seja, menstrua naturalmente, pode optar pelo congelamento, independentemente da idade ou estado civil. No entanto, é crucial que a mulher receba informações adequadas sobre as reais chances de sucesso, que variam conforme a idade e o número de óvulos congelados. Especialistas indicam que a melhor faixa etária para o congelamento de óvulos, com maior probabilidade de sucesso na gestação futura, é até os 35 anos.
Sobre os efeitos colaterais resultantes do procedimento, Paula explica que a estimulação hormonal do início pode causar retenção hídrica, aumentando o peso, eventualmente, de 1 a 2 kg, que são eliminados após a queda no nível hormonal. Fora isso, ela indica que podem ocorrer desconfortos abdominais, dores de cabeça, acne leve e instabilidade emocional, também durante o processo hormonal. "Depois de um ciclo menstrual natural os efeitos tendem a passar", tranquiliza a ginecologista.
3. A vitrificação é o método mais comum de congelamento de óvulos
O procedimento de congelamento de óvulos atualmente utiliza principalmente a técnica de vitrificação, que possui uma taxa de sobrevivência de 95% após o descongelamento, conforme explica o Dr. Alfonso. O processo envolve várias etapas essenciais para garantir a qualidade e viabilidade dos óvulos. As etapas incluem:
- Indução de ovulação: administração de medicamentos hormonais para estimular os ovários a produzirem múltiplos óvulos;
- Coleta: procedimento de retirada dos óvulos maduros dos ovários, geralmente realizado com uma agulha guiada por ultrassom;
- Maturação em laboratório: os óvulos coletados são cuidadosamente amadurecidos em ambiente controlado no laboratório;
- Congelamento: finalmente, os óvulos amadurecidos são congelados rapidamente usando a técnica de vitrificação, que evita a formação de cristais de gelo e preserva a integridade dos óvulos.
4. Os óvulos podem ficar congelados por tempo indeterminado
![congelamento de óvulos](https://timnews.com.br/tagger/images?url=https%3A%2F%2Fanamaria.uol.com.br%2Fmedia%2Fuploads%2F2024%2F07%2Fcongelamento-de-ovulos2.jpg)
Os óvulos podem permanecer congelados por tempo indefinido, permitindo que até mesmo uma mulher que já esteja na menopausa possa engravidar. No entanto, o Conselho Federal de Medicina recomenda que a fertilização in vitro seja realizada até no máximo 50 anos de idade para minimizar os riscos associados à gravidez em idade avançada. Segundo Alfonso, mesmo se a fertilização ocorrer aos 45 anos, a taxa de sucesso pode ser de até 60%.
5. O custo do congelamento de óvulos varia entre R$ 10 mil e R$ 20 mil
Congelar óvulos: quanto custa? Essa é uma pergunta recorrente feita na internet. Alfonso Massaguer estima que o custo do processo de congelamento de óvulos, incluindo medicações para estimulação hormonal, coleta e congelamento, esteja entre R$ 10 mil e R$ 20 mil. Além desses custos iniciais, há uma taxa anual de aproximadamente R$ 1,2 mil para a manutenção do material congelado. É importante também considerar os custos adicionais relacionados aos procedimentos de descongelamento e fertilização in vitro.
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