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Baby blues ou depressão pós-parto? Psicóloga explica como identificar os sinais
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Baby blues ou depressão pós-parto? Psicóloga explica como identificar os sinais

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Anamaria
11/03/2025 13h00
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O nascimento de um bebê é um momento de grandes transformações, e as emoções podem oscilar bastante nesse período. Enquanto algumas mães experimentam alegria e euforia, outras podem sentir tristeza, irritabilidade e cansaço intenso. Isso pode ser um indício de baby blues, uma condição passageira que afeta até 80% das mulheres. No entanto, quando os sintomas persistem ou se tornam mais intensos, pode se tratar de depressão pós-parto, um quadro mais sério que exige atenção e tratamento adequado.

Rafaela Schiavo, psicóloga perinatal e fundadora do Instituto MaterOnline, explica as diferenças entre os dois quadros e orienta sobre a importância de buscar ajuda no momento certo.

Baby blues: o que é e como identificar?

O baby blues é uma alteração emocional comum nos primeiros dias após o parto, resultante das mudanças hormonais e da adaptação à nova rotina. Segundo Rafaela, os sintomas costumam ser leves e desaparecem sozinhos em até duas semanas. Entre os sinais mais comuns estão:

  • Choro fácil e frequente;
  • Irritabilidade;
  • Oscilações de humor;
  • Sensibilidade aumentada.

Apesar do desconforto, o baby blues não impede a mãe de cuidar do bebê e de manter suas atividades diárias.

Depressão pós-parto: quando a tristeza se torna preocupante?

Diferente do baby blues, a depressão pós-parto é uma condição mais grave, que pode durar meses e comprometer a saúde mental da mãe. Os sintomas incluem:

  • Tristeza profunda e persistente;
  • Sensação de vazio ou desesperança;
  • Cansaço extremo, mesmo após o descanso;
  • Dificuldade para se conectar com o bebê;
  • Alterações no apetite (falta ou excesso de fome);
  • Pensamentos negativos, incluindo culpa e sensação de fracasso.

A psicóloga alerta que, se esses sintomas persistirem por mais de duas semanas ou se intensificarem, é fundamental procurar ajuda profissional.

Quem tem mais chance de desenvolver depressão pós-parto?

Qualquer mulher pode enfrentar a depressão pós-parto, mas algumas são mais vulneráveis. Entre os fatores de risco, Rafaela destaca:

  • Histórico de depressão ou ansiedade;
  • Gravidez ou parto complicados;
  • Falta de rede de apoio;
  • Eventos traumáticos recentes;
  • Excesso de cobrança e idealização da maternidade.

Cuidar da saúde mental ainda na gravidez pode ajudar a prevenir ou reduzir os impactos desse transtorno.

Quando buscar ajuda profissional?

Rafaela reforça que, se os sinais do baby blues durarem mais de duas semanas ou se houver dúvidas sobre a intensidade dos sintomas, é essencial buscar orientação psicológica. “O tratamento pode incluir terapia e, em alguns casos, medicação. O suporte da família também é fundamental”, explica à AnaMaria .

Dicas para enfrentar o puerpério com mais segurança

Passar pelo puerpério pode ser desafiador, mas algumas ações ajudam nesse processo:

  • Peça ajuda: não tente dar conta de tudo sozinha. Aceite apoio de amigos e familiares;
  • Priorize o autocuidado: pequenos momentos de descanso podem fazer diferença;
  • Evite comparações: cada maternidade é única. Não se cobre para seguir padrões irreais;
  • Converse sobre suas emoções: buscar apoio emocional é essencial para lidar com os desafios do puerpério;
  • Considere acompanhamento profissional: a terapia pode ser uma aliada valiosa para sua saúde emocional.

A maternidade é um processo de aprendizado constante. Buscar informação e apoio faz toda a diferença para passar por essa fase com mais leveza e segurança.

Leia também:

O que é puerpério? Yasmin Castilho desabafa após nascimento do filho

Leia a matéria original aqui.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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