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Enjoo na gravidez: Porque acontece, quando melhora e papel da alimentação
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Enjoo na gravidez: Porque acontece, quando melhora e papel da alimentação

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Anamaria
29/11/2025 11h32
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O enjoo é um dos sintomas mais conhecidos e, para muitas mulheres, o mais desafiador, do início da gravidez. Costuma aparecer logo no primeiro trimestre e pode afetar desde a rotina alimentar até o bem-estar e a qualidade de vida. 

Mas, na maioria dos casos, é um sintoma passageiro e pode ser bastante aliviado com ajustes simples na alimentação e no estilo de vida. A seguir, explico porque os enjoos acontecem, quando tendem a melhorar e o que realmente funciona.

Por que o enjoo acontece?

Embora ainda não exista uma única explicação definitiva, o enjoo gestacional é resultado de uma combinação de fatores:

1. Aumento do hormônio hCG

Esse hormônio, a gonadotrofina coriônica humana, sobe rapidamente nas primeiras semanas e está diretamente associado ao enjoo. Quanto mais altos os níveis, maior a chance de náuseas.

2. Alterações no estrogênio e progesterona

Esses hormônios deixam o estômago mais lento, aumentam a sensibilidade ao cheiro e podem favorecer o refluxo, contribuindo para o mal-estar.

3. Hipersensibilidade do olfato

Cheiros antes neutros podem se tornar intoleráveis. Perfumes, alimentos quentes, frituras e até o cheiro da casa podem desencadear crises.

4. Fatores emocionais e metabólicos

Estresse, cansaço e hipoglicemia (baixos níveis de açúcar no sangue) também intensificam as náuseas.

Quando o enjoo na gravidez costuma melhorar?

A maioria das gestantes sente alívio entre a 12ª e a 14ª semana, quando o hCG começa a estabilizar.

Para uma parte das mulheres, porém, o sintoma pode persistir até a 20ª semana. E em uma minoria, pode acompanhar praticamente toda a gestação. Nesses casos, o acompanhamento médico é fundamental para descartar hiperêmese gravídica.

O que comer quando nada desce?

A alimentação é uma das principais ferramentas para controlar o enjoo. Alguns ajustes fazem diferença imediata:

1. Fracione as refeições

Ficar muito tempo sem comer piora a náusea. Tente comer a cada 2 a 3 horas, mesmo pequenas quantidades.

2. Prefira alimentos frios ou gelados

Eles têm cheiro menos intenso e costumam ser melhor tolerados:
frutas geladas
saladas frescas
água ou água de coco bem gelada
iogurtes e smoothies

3. Aposte em sabores cítricos e azedos

O ácido ajuda a reduzir o mal-estar e estimula a salivação, o que melhora a digestão:
limão
laranja
morango
picolé de limão ou maracujá

4. Use o gengibre como aliado

O gengibre tem efeito antiemético natural. Pode ser usado, por exemplo, em chá, lascas para mastigar, balas sem açúcar, raspas na água e smoothies.

O que evitar para não piorar o enjoo

Alguns alimentos e hábitos aumentam o desconforto, como:

Frituras e preparações gordurosas
Alimentos muito quentes ou de cheiro forte
Doces (pioram o esvaziamento gástrico e a náusea)
Longos períodos de jejum
Líquidos junto das refeições: prefira consumir 30 minutos antes ou depois

Outros hábitos que ajudam

Além da alimentação, alguns cuidados simples melhoram bastante o dia a dia:

1. Evite cheiros gatilho

Cozinhar pode ser difícil. Delegue quando possível ou prefira preparações frias.

2. Hidrate-se fracionando

Água de coco, chá gelado, água com limão e pedrinhas de gelo aromatizadas são boas opções.

3. Priorize o descanso

Sono insuficiente aumenta náuseas. Cochilos curtos ao longo do dia podem ser aliados.

4. Use roupas confortáveis

Peças apertadas podem aumentar o refluxo e o mal-estar.

5. Mantenha o ambiente ventilado

Ar fresco e janelas abertas ajudam a reduzir estímulos sensoriais.

Quando buscar ajuda?

Se o enjoo impede a alimentação adequada, causa perda de peso, impede a hidratação ou vem acompanhado de vômitos intensos, é essencial procurar atendimento.

A nutrição especializada na gestação ajuda a manter a ingestão de nutrientes, prevenir déficit de energia e garantir que você e o bebê estejam bem nutridos, mesmo em fases de dificuldade alimentar.

O enjoo é comum, desconfortável e pode atrapalhar o dia. Mas com ajustes na alimentação e nos hábitos, é possível atravessar esse período com mais leveza, segurança e equilíbrio.

Se o sintoma está intenso ou comprometendo sua nutrição, busque acompanhamento com uma nutricionista especializada. Uma abordagem individualizada faz toda a diferença para recuperar o bem-estar e manter a gestação saudável.

 

Leia a matéria original aqui.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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