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Pré-eclâmpsia precoce: entenda condição que levou à morte da filha de Lexa
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Pré-eclâmpsia precoce: entenda condição que levou à morte da filha de Lexa

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Anamaria
10/02/2025 19h30
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A cantora Lexa publicou um relato sobre a perda primeira filha com Ricardo Vianna , a menina Sofia. Nas redes sociais, nesta segunda-feira (10), ela contou que sofreu de pré-eclâmpsia precoce e síndrome de help, que resultaram em um parto precoce. A bebê morreu três dias depois do nascimento.


De acordo com a ginecologista e obstetra Patrícia Varanda, a pré-eclâmpsia não é considerada uma condição rara, pois afeta cerca de 5 a 8% das gestações. “Já a síndrome de HELLP é uma complicação grave da pré-eclâmpsia e ocorre em cerca de 0,5 a 0,9% das gestações. Ambas as condições exigem monitoramento rigoroso, pois podem evoluir rapidamente para quadros mais graves”, diz à AnaMaria.

Ela explica que a pré-eclâmpsia precoce é uma condição complexa e que ainda não é totalmente compreendida, mas que está relacionada a problemas com os vasos sanguíneos que afetam a placenta.

Lexa foi internada às pressas na unidade semi-intensiva no dia 22 de janeiro para monitoramento do quadro e desenvolvimento da bebê. “Os sintomas iniciais podem ser sutis, e muitas mulheres não apresentam sinais até que a condição esteja mais avançada. O diagnóstico é feito através de medições regulares da pressão arterial e análise de urina para detectar proteínas”, afirma Patrícia.

Fatores de risco da pré-eclâmpsia

Segundo a ginecologista, os fatores de risco para pré-eclâmpsia são:

  • Histórico Familiar: mulheres com antecedentes familiares de pré-eclâmpsia têm maior probabilidade de desenvolver a condição;
  • Primeira Gravidez: mulheres grávidas pela primeira vez apresentam um risco aumentado;
  • Idade: mulheres com menos de 20 anos ou mais de 35 anos estão em maior risco;
  • Obesidade: o excesso de peso pode aumentar a probabilidade de desenvolver problemas de pressão arterial durante a gravidez;
  • Condições de Saúde Preexistentes: hipertensão crônica, diabetes, doenças renais ou autoimunes podem contribuir para o risco.

Em seu relato, Lexa afirmou que seu fígado e seus rins começaram a ficar comprometidos com a condição. “Mais um dia e eu não estaria aqui para contar nem a minha história e nem a dela”, disse a cantora.

A especialista afirma que a pré-eclâmpsia pode representar riscos tanto para a mãe quanto para o bebê.

Para a gestante:

  • Aumento do risco de hipertensão crônica e doenças cardiovasculares no futuro;
  • Possibilidade de complicações graves, como insuficiência hepática ou renal;
  • Necessidade de parto prematuro em casos graves.

Para o bebê:

  • Restrição do crescimento intrauterino devido à redução do fluxo sanguíneo para a placenta;
  • Maior risco de parto prematuro;
  • Em casos mais graves, risco de descolamento prematuro da placenta, levando a complicações neonatais.

“A relação entre pré-eclâmpsia e diabetes também merece atenção, pois mulheres com diabetes, especialmente diabetes gestacional ou diabetes tipo 1 e tipo 2, têm um risco aumentado de desenvolver a condição”, acrescenta.

Tratamento

Lexa evoluiu de um caso leve para um caso severo em semanas, mesmo com acompanhamento médico diário. A cantora chegou a citar os medicamentos que tomou durante a internação até a necessidade de parto induzido.

O tratamento varia conforme a gravidade da condição:

  • Casos leves: O monitoramento regular pode ser suficiente, com acompanhamento frequente da pressão arterial e exames laboratoriais;
  • Casos mais graves: Pode ser necessária a administração de medicamentos para controle da pressão arterial;
  • Indução do parto: Em casos severos, quando a vida da mãe ou do bebê está em risco, pode ser necessário antecipar o parto.

Vale ressaltar que o acompanhamento após a gravidez é recomendado para que não seja aumentado o risco de hipertensão e doenças cardiovasculares a longo prazo.

Dá para evitar?

Patrícia afirma que não existe uma forma garantida de evitar pré-eclâmpsia. Entretanto, alguns hábitos podem ajudar a reduzir o risco. Entre eles estão:

  • Alimentação equilibrada, priorizando uma dieta rica em nutrientes e pobre em sódio;
  • Prática de exercícios físicos, mantendo uma rotina ativa sob orientação médica;
  • Gerenciamento do estresse, com técnicas de relaxamento e um estilo de vida equilibrado;
  • Sono adequado, com pelo menos seis a oito horas de descanso por noite;
  • Controle do peso, monitorando o ganho de peso durante a gestação para minimizar os riscos.

“A prevenção da pré-eclâmpsia e o controle adequado do diabetes gestacional são fundamentais para garantir uma gestação mais segura para a mãe e para o bebê. O acompanhamento médico regular é indispensável para detectar precocemente qualquer alteração e intervir de forma adequada”, completa.

 

Leia a matéria original aqui.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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