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Estudo registra nova cura do HIV após transplante de células-tronco
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Estudo registra nova cura do HIV após transplante de células-tronco

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Aventuras Na História
03/12/2025 11h22
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Um homem é curado do HIV após receber terapia com células-tronco, segundo estudo publicado nesta segunda-feira, 1°, Dia Mundial de Combate à Aids, na revista Nature. Essa é a sétima vez na história que um paciente vivendo com HIV e diagnosticado com câncer tem o vírus eliminado após passar por um transplante de células-tronco.

Segundo os pesquisadores, embora seja um tratamento caro e arriscado, ele pode se tornar uma opção para pessoas que convivem com o vírus. O caso foi batizado de “B2”, já que um dos pontos destacados no estudo é o fato de que, inicialmente, o doador não era considerado tão favorável quanto em situações anteriores, algo que amplia a esperança de que a abordagem possa ser reproduzida no futuro.

Cura como efeito colateral

O estudo descreve uma trajetória ainda considerada incerta, mas mostra que a cura surgiu como consequência indireta da terapia destinada a tratar a leucemia mieloide aguda (LMA). O objetivo era controlar o câncer, não eliminar o HIV. Apesar disso, a transferência de células-tronco repetiu o padrão observado nos seis casos anteriores, em que o vírus desaparece como efeito colateral de um tratamento oncológico agressivo.

O papel da mutação CCR5 Δ32

Até agora, os casos de cura do HIV envolviam doadores com uma mutação genética rara, a CCR5 Δ32, presente nas duas cópias do gene que forma o receptor usado pelo vírus para invadir as células. Essa combinação bloqueia a infecção e, por isso, era considerada essencial nos transplantes que levaram à cura.

No caso B2, porém, o doador tinha apenas uma cópia alterada e outra comum, característica que, em teoria, não seria suficiente para impedir a ação do HIV. Mesmo assim, seis anos após suspender os antirretrovirais, o paciente segue sem qualquer sinal viral, o que surpreendeu a equipe responsável pela pesquisa.

O voluntário, hoje com 60 anos, recebeu o diagnóstico de HIV em 2009 e passou pelo transplante durante o tratamento contra a LMA. A composição genética incomum do doador, somada ao quadro clínico do paciente, amplia as hipóteses sobre como o vírus pode ser eliminado em situações específicas, ponto que os pesquisadores agora pretendem explorar nos próximos estudos.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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