Cardiomiopatia dilatada: entenda o que é a condição que atingiu a filha da modelo Schynaider
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A morte precoce de Anne-Marie Garnero, filha mais velha da modelo Schynaider Moura, de 37 anos, comoveu amigos, familiares e seguidores nas redes sociais. A adolescente faleceu no último domingo (21), aos 16 anos, vítima de uma parada cardíaca.
Anne-Marie havia enfrentado uma dura batalha contra a cardiomiopatia dilatada, condição diagnosticada há cerca de quatro anos, que compromete o funcionamento do coração e a levou a passar por um transplante em 2022.
A descoberta da doença
Filha de Schynaider e do empresário Mario Bernardo Garnero, Anne começou a apresentar os primeiros sintomas pouco depois do início da pandemia de Covid-19. A jovem sentia cansaço frequente e dificuldades para respirar, o que motivou a ida ao médico.
O diagnóstico surpreendeu: seu coração estava dilatado, sobretudo no ventrículo esquerdo, e não conseguia mais bombear sangue de forma suficiente para o corpo. Diante da gravidade do quadro, a adolescente foi internada e entrou na lista de espera por um transplante. No dia 22 de junho de 2022, Anne recebeu um novo coração – marco que Schynaider ressaltou publicamente.
O que é a cardiomiopatia dilatada?
A cardiomiopatia dilatada é uma condição em que o músculo cardíaco aumenta de tamanho e perde parte da sua capacidade de contração. Com isso, o coração não consegue bombear sangue de forma eficiente para todo o corpo, o que pode provocar sintomas como cansaço extremo, falta de ar, dor no peito, inchaço nas pernas e até dificuldade para dormir.
Embora seja mais comum em homens entre 20 e 60 anos, a doença também pode atingir mulheres, idosos e até crianças. Suas origens variam e incluem fatores genéticos, pressão alta, arritmias, infecções no músculo cardíaco, doenças autoimunes, consumo excessivo de álcool, obesidade, uso de certas medicações e até complicações no final da gravidez. Em alguns casos, no entanto, não identifica-se a causa.
O tratamento depende da gravidade do quadro, definida por um cardiologista. Entre as possibilidades estão o uso de medicamentos, a implantação de marcapasso e, nos casos mais severos, o transplante de coração.
Uma despedida marcada pela fé
Após a morte da filha, a modelo voltou às redes sociais e compartilhou uma reflexão de Santo Agostinho sobre a passagem da vida: “A morte não é nada. Eu somente passei para o outro lado do Caminho. Eu sou eu, vocês são vocês. O que eu era para vocês, eu continuarei sendo. Me deem o nome que vocês sempre me deram, falem comigo como vocês sempre fizeram. Vocês continuam vivendo no mundo das criaturas, eu estou vivendo no mundo do Criador”. Em seguida, Schynaider publicou o nome de Anne-Marie acompanhado de um coração, como forma de homenagem e despedida.
Uma história de luta e amor
Desde o transplante, a modelo sempre destacou a coragem da filha ao enfrentar o tratamento. Em 2023, um ano após a cirurgia, ela descreveu o procedimento como um verdadeiro renascimento. “O dia que recebeu seu novo coração, depois de um tempo na fila de espera e muitos dias cheio de altos e baixos, de incertezas, angústia e de muito medo… mas que a cada dia, eram transformados em esperança, em força, em fé, e em alegria por estar viva e poder lutar essa batalha!”
No aniversário de três anos do transplante, em 2025, Schynaider publicou um vídeo ao lado da filha, celebrando a vida e deixando mais uma mensagem de gratidão: “Vivo um milagre todos os dias da minha vida. Ver minha filha viva, superando suas próprias limitações com leveza e coragem, me ensina diariamente que os pequenos detalhes são os mais preciosos. Hoje faz 3 anos do transplante 22/06/2022. Porque doar órgãos salva vidas”.