'Overtraining': saiba quando o excesso de exercícios faz mal à saúde
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A busca por resultados rápidos, especialmente na pressa de “preparar o corpo para o verão”, leva muitos ao chamado ‘Overtraining’, ou a síndrome do excesso de treinamento. Este termo descreve a exaustão física e mental causada pela prática de exercícios em volume ou intensidade acima do limite corporal, sem o tempo necessário para que o organismo se recupere completamente. Ignorar os sinais de alerta pode ter consequências graves que vão muito além do desempenho na academia.
Luiz Gustavo Panza, administrador e Gerente Técnico da Cia Athletica Estádio do Morumbi, explica de forma clara o risco: “Quando treinamos além do limite, corremos o risco de entrar em overtraining!”.
Os sinais de que o corpo está em colapso incluem “fadiga e cansaço excessivo, dores musculares permanentes, queda da performance atlética e baixa da imunidade”, segundo o especialista.
Overtraining: riscos ao corpo e à mente
No entanto, o impacto do Overtraining não se restringe ao físico. O desgaste acumulado pode provocar alterações psicológicas, como irritabilidade e ansiedade, além de desregular hormônios importantes. Como alerta Luiz Gustavo Panza, não respeitar o descanso aumenta a probabilidade de “lesões osteomuscular, alterações psicológicas e a queda da resistência imunológica”.
Para evitar essa cilada e garantir resultados duradouros, a chave é o equilíbrio. “Temos um tripé muito conhecido para ter os melhores resultados sem prejudicar a saúde, que são treinos, alimentação e descanso adequado, sempre respeitando os limites do seu corpo.”
Por fim, a recuperação é tão fundamental quanto o exercício, podendo levar até 72 horas, dependendo do esforço. “Para melhorar a recuperação, a quantidade e qualidade do sono e da alimentação são de extrema importância. A hidratação durante e após a atividade também contribui para a recuperação mais rápida”, orienta. Para reverter o quadro ou, melhor, para que ele nunca chegue, é fundamental reduzir drasticamente a carga de exercícios ou até pausar o treino, buscando sempre a orientação de profissionais de Educação Física e Nutrição, que podem indicar “para cada objetivo a melhor estratégia”.
