Home
Estilo de Vida
Por que os divórcios após os 50 anos estão aumentando?
Estilo de Vida

Por que os divórcios após os 50 anos estão aumentando?

publisherLogo
Bons Fluidos
06/10/2025 19h39
icon_WhatsApp
icon_Twitter
icon_facebook
icon_email
https://timnews.com.br/system/rss_links/images/51005/original/Bons_Fluidos.png?1764195908
icon_WhatsApp
icon_Twitter
icon_facebook
icon_email
PUBLICIDADE

Em 2023, o Brasil registrou 360.787 divórcios. Em 77.725 deles, as mulheres tinham mais de 50 anos – 21,54% do total, contra 17,16% uma década antes. O fenômeno tem nome em inglês: gray divorce (ou divórcio grisalho, em tradução), e retrata um movimento global. Casais maduros, com filhos criados e vida profissional consolidada, repensam projetos e encerram uniões que já não fazem sentido.

O que é o “divórcio grisalho”?

Trata-se da separação entre pessoas com 50 anos ou mais. Longe de ser uma “crise de meia-idade”, costuma vir após reflexões profundas sobre qualidade de vida, autonomia, afetos e futuro. Em muitos casos, há décadas de convivência, patrimônio compartilhado e redes familiares entrelaçadas – e justamente por isso a decisão pede cuidado emocional, jurídico e financeiro.

Por que está crescendo

  • Longevidade maior: mais anos pela frente significam novos ciclos e menor tolerância a relações insatisfatórias;
  • Mudanças sociais: expectativas sobre casamento e papéis de gênero mudaram; relações hoje valorizam parceria, respeito e projeto de vida;
  • Reconfiguração da família: com os filhos independentes, a dinâmica do casal fica mais evidente – e, às vezes, a desconexão aparece;
  • Tendência global: estudos em países como EUA, Coreia (onde se fala em divórcio no crepúsculo) e Japão mostram alta em separações na maturidade.

Impactos emocionais: perdas, ganhos e redescobertas

Separar-se após os 50 pode trazer luto, solidão e medo do recomeço. Ao mesmo tempo, abre espaço para autoestima, liberdade e novos projetos. É comum que a decisão não seja repentina: muitas histórias terminam depois de anos de afastamento emocional. A terapia individual e/ou de família ajuda a elaborar o ciclo e a criar rotas de cuidado.

O efeito sobre filhos crescidos existe e é subestimado. Mesmo na vida adulta, eles podem sentir raiva, surpresa, tristeza prolongada e ficarem “no meio” dos pais. Grupos de apoio e limites claros entre gerações são aliados importantes.

Como atravessar o divórcio após os 50 com mais saúde

  1. Aceite e reflita: nomeie sentimentos, reconheça a história vivida e desenhe o próximo capítulo;
  2. Peça ajuda: psicoterapia, círculos de apoio e orientação jurídica especializada dão segurança e contorno;
  3. Planeje as finanças: mapa de receitas, despesas, patrimônio, previdência e metas de curto/médio/longo prazo;
  4. Refaça redes: fortaleça amizades, família escolhida e atividades coletivas (grupos, cursos, voluntariado);
  5. Cultive projetos e prazer: hobbies, viagens, estudos, trabalho, novas afetividades: vida que segue, e floresce.

O “divórcio grisalho” não é só sobre terminar um casamento; é sobre reconfigurar a vida. Recomeçar aos 50, 60 ou 70 pode significar mais coerência entre desejos e cotidiano. Com amparo emocional, planejamento jurídico-financeiro e uma boa rede, a separação deixa de ser apenas ruptura e vira porta de entrada para uma maturidade mais autêntica.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
icon_WhatsApp
icon_Twitter
icon_facebook
icon_email
PUBLICIDADE
Confira também