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Remédios famosos podem oferecer riscos à saúde no calor; entenda
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Remédios famosos podem oferecer riscos à saúde no calor; entenda

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Bons Fluidos
07/10/2025 19h30
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Em dias mais quentes, o corpo passa por uma série de processos que envolvem o aumento do fluxo sanguíneo para a pele e a transpiração, a fim de manter uma temperatura saudável. Especialistas apontam, contudo, que essa regulação natural pode ser afetada pela ação de determinados remédios, causando problemas severos de saúde.

“Nas ondas de calor extremo, quando os termômetros ficam acima de 5 °C da média das máximas da região por quatro dias seguidos, há o risco de pacientes do grupo vulnerável (idosos, portadores de doenças crônicas e crianças) sofrerem hipertermia. Isso ocorre quando a temperatura corporal ultrapassa 40 °C, aumentando o risco de desenvolver um colapso neurocirculatório. Essa condição é muito grave e apresenta alta mortalidade” , afirmou o médico clínico Henrique Grunspun, em entrevista à ‘Agência Einstein’. 

Quais são os remédios mais perigosos?

De acordo com os profissionais, o principal risco está associado aos medicamentos diuréticos, presentes na rotina daqueles com pressão alta e problemas nos rins. Isso porque esses fármacos aumentam a sensibilidade ao calor, desencadeando queda brusca de pressão e desmaios.

Além deste, a metformina e os inibidores SGLT2, usados para controlar a diabetes, também podem ser perigosos. Esses remédios, conforme relatam especialistas, estimulam a perda de líquidos do corpo e, por conseguinte, elevam o risco de desidratação. Nesses casos, é importante estar ainda mais atento, pois os medicamentos costumam mascarar os sintomas da hipertermia e até afetar a produção de insulina.

Os fármacos para regular pressão arterial e combater outras doenças cardíacas, por sua vez, apresentam ameaças semelhantes, devido à inibição da vontade de consumir líquidos. Além disso, interferem na dilatação dos vasos sanguíneos, o que contribui para a retenção de calor.

O mesmo ocorre com pacientes em tratamento de transtornos psiquiátricos e neurológicos. “O efeito nessas situações é duplo: reduz o suor e a sede. Quanto menos suor, menor a dissipação de calor. Além disso, a menor percepção de sede leva a uma reposição insuficiente de líquidos, o que reduz ainda mais a capacidade de suar e aumenta o risco de desidratação”, explicou a farmacêutica Amouni Mourad.

Em contrapartida, outros medicamentos, como os anticolinérgicos e a quetiapina, usados para controlar a doença de Parkinson e distúrbios de concentração, atuam elevando a temperatura corporal. Os médicos ressaltam que há condições que, por si só, já aumentam a sensação de calor, no caso do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH).

Veja como preservar a saúde

Entretanto, os profissionais contraindicam a interrupção dos tratamentos sem a devida recomendação médica. Em vez disso, orientam observar os sinais de hipertermia, principalmente em idosos, pacientes psiquiátricos e crianças, durante os dias mais quentes.

Ademais, indicam adotar cuidados específicos para prevenir a condição e garantir o pleno funcionamento dos medicamentos. “É preciso manter ambientes ventilados, hidratar-se constantemente e evitar exposição solar prolongada”, aconselhou Grunspun.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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