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Saúde do homem em foco: tecnologia, prevenção e os novos caminhos do autocuidado
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Saúde do homem em foco: tecnologia, prevenção e os novos caminhos do autocuidado

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Bons Fluidos
23/12/2025 14h00
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Durante muito tempo, procurar um médico foi visto pelo homem como sinônimo de fraqueza. Esse é um reflexo de padrões culturais que ainda dificultam o diálogo sobre saúde masculina. Para o urologista Dr. Fabio Sant’Anna, essa resistência precisa ser superada com informação clara, atendimento acolhedor e soluções que priorizem a qualidade de vida desde cedo, não apenas quando a doença já chegou.

Referência nacional em tratamentos urológicos minimamente invasivos, ele lidera a UroSAS, em Santa Catarina, e é idealizador do UROSCALE, um programa que capacita profissionais no país inteiro a adotarem tecnologias mais rápidas, precisas e com recuperação simplificada para seus pacientes. Em entrevista, o especialista fala sobre os principais sinais de alerta que não podem ser ignorados. Além disso, cita os avanços que estão mudando a urologia e como transformar o autocuidado em um gesto de força e maturidade.

Resistência masculina na procura de médicos

A resistência do homem em buscar atendimento médico está profundamente ligada a normas sociais. Há gerações, elas reforçam a ideia de que o homem precisa ser forte, invulnerável e incapaz de demonstrar dor. “Muitos ainda enxergam o cuidado com a saúde como sinal de fragilidade. Além disso, o medo de um diagnóstico ruim, a falta de tempo e experiências negativas anteriores com exames ou atendimentos acabam afastando ainda mais os homens do consultório”, ressalta o especialista.

“Para transformar essa realidade, é preciso investir em educação e conscientização, mostrando que autocuidado é, na verdade, um ato de força, maturidade e responsabilidade com a própria vida. Também é importante oferecer serviços mais acessíveis e convenientes – com horários flexíveis e atendimento mais ágil – e apresentar o cuidado preventivo como uma forma de manter performance, vitalidade e energia em todas as fases da vida”, explica.

Sinais indicam que algo não vai bem com a saúde urológica

Ficar atento aos sinais do corpo é fundamental. Segundo o especialista, alterações na forma de urinar – como aumento da frequência, especialmente à noite, jato fraco, dor ou ardência, e presença de sangue na urina – devem acender um alerta.

Além disso, dores persistentes nas costas, região lombar, pélvica ou nos testículos também merecem investigação, assim como qualquer massa, inchaço ou nódulo nos testículos. Outro sinal importante é a disfunção erétil, que pode indicar não só questões urológicas, mas também problemas cardiovasculares no homem.

Como a tecnologia transformou o tratamento de doenças urológicas?

“Os avanços tecnológicos têm revolucionado o campo da urologia. A cirurgia robótica, por exemplo, permite intervenções mais precisas. Isso com cortes menores, menos sangramento, recuperação mais rápida e menor risco de sequelas como incontinência urinária e disfunção erétil. Para quem sofre com próstata aumentada, novos tratamentos minimamente invasivos – como Urolift, Rezum, iTind e TPLA – oferecem grandes resultados sem efeitos colaterais significativos”, ressalta o médico.

No diagnóstico, a Ressonância Magnética Multiparamétrica da próstata elevou a precisão na detecção de tumores, permitindo decisões mais assertivas desde as fases iniciais.

Hábitos que previnem doenças e ajudam na vitalidade masculina

Pequenas mudanças podem ter um impacto enorme ao longo dos anos. De acordo com Dr. Fabio, manter um peso saudável e uma dieta balanceada, rica em frutas, vegetais e grãos integrais, reduz o risco de doenças como câncer de próstata e disfunção erétil. A prática de ao menos 150 minutos de atividade física por semana melhora a saúde do coração, o metabolismo e até a produção hormonal.

Dormir de sete a nove horas por noite ajuda a preservar os níveis de testosterona e fortalece o sistema imunológico. Hidratação adequada evita complicações como pedras nos rins. E reduzir álcool e abandonar o cigarro diminui substancialmente o risco de câncer de bexiga e problemas cardiovasculares.

Equilíbrio mental e seu impacto na saúde do corpo

“A saúde mental influencia diretamente o corpo. O estresse crônico e a ansiedade mantêm o cortisol elevado, o que aumenta inflamação, pode elevar a pressão arterial, enfraquecer o sistema imunológico e até contribuir para a disfunção erétil e doenças cardíacas”, diz o profissional.

“Ainda assim, falar sobre emoções e pedir ajuda continua sendo evitado pelo homem, porque a masculinidade tradicional associa vulnerabilidade à fraqueza. Romper esse tabu exige reconhecer que cuidar da mente é fundamental para a saúde integral e que pedir apoio é um gesto de coragem – e não o contrário”, completa.

Desafios e oportunidades para a medicina masculina

“O maior desafio é fazer com que os homens adotem uma rotina de cuidados preventivos, participando de check-ups e exames de rastreamento. Especialmente o câncer de próstata a partir dos 50 anos, ou 45 para quem tem histórico familiar”, pontua.

“Por outro lado, a grande oportunidade está na medicina personalizada e focada na longevidade. Usar genética, biomarcadores e inteligência artificial para criar planos individualizados que otimizem a saúde física, hormonal e cognitiva, garantindo mais anos de vida com qualidade, aliados a tratamentos minimamente invasivos e experiências ambulatoriais melhores”.

Cuidar da saúde não é fragilidade

“A mudança começa pela ressignificação. Autocuidado precisa ser entendido como investimento no presente e no futuro. Quem se cuida preserva sua capacidade de trabalhar, aproveitar a vida, ter boa performance sexual e ser suporte para sua família. Mostrar que a verdadeira força está em agir antes que o problema se torne grave também ajuda a transformar essa narrativa”, finaliza o doutor.

*Fonte: Dr. Fabio Sant’Anna (CRM-SC 20179 | RQE 11465)

Leia também:Novembro Azul e a resistência masculina aos exames de próstata”

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