Casamentos indianos: confira nova tendência de joias e cerimônias de luxo
Manequim
Os casamentos indianos têm tomado as redes sociais e atraído atenção mundial, em parte graças à participação de celebridades como Rihanna e Justin Bieber, que foram convidados para performar em eventos de famílias bilionárias do país do sul asiático.
Com o aumento da popularidade dessas luxuosas cerimônias, as tendências de jóias para noivas estão evoluindo para refletir uma fusão de culturas, com uma mistura de opulência e individualidade.
De acordo com o relatório mais recente da Global Market Insights, o setor de jóias de casamento está projetado para crescer 6,7% anualmente, com a demanda por peças exclusivas e personalizadas em alta.
Essa tendência também é influenciada pela cultura indiana, que, com peças suntuosas e ricas em detalhes, serve como uma referência para noivas ao redor do mundo que desejam uma apresentação marcante e memorável.
Uma história para contar
Segundo Mercia Dias, fundadora da Merciaa Alta Joalheria, algumas das opções de jóias inspiradas nessa combinação de estilos incluem peças extremamente extravagantes, como as populares Polki e Jadau. “As noivas estão em busca de peças que não só realcem sua beleza no grande dia, mas que também contem uma história. Um exemplo é o uso de esmeraldas e Polki, um estilo de joalheria indiana que utiliza diamantes não lapidados, que traz um toque diferenciado ao visual.”, explica.
O estilo Polki é tradicionalmente utilizado em casamentos indianos e particularmente popular entre as noivas que querem algo que pareça antigo sem perder o requinte. As peças são frequentemente combinadas com ouro e esmalte colorido, criando um visual rústico e ao mesmo tempo sofisticado. Da mesma forma, os colares Jadau, conhecidos por sua intrincada técnica de incrustação de pedras preciosas, estão sendo reimaginados com toques modernos, incorporando influências ocidentais.
Muito além das jóias
A tendência indiana não se reflete apenas na escolha dos brincos, colares e anéis, mas também na maquiagem, trazendo outros acessórios que destacam o rosto. No TikTok, a recente trend “Asoka Makeup”, inspirada em um filme indiano de mesmo nome, chamou a atenção para as técnicas de beleza indiana, que evidenciam os olhos e adicionam outras opções de jóias e pedrarias, com destaque para piercings no nariz e tiaras pendentes.
O Maang Tikka é um ornamento que se encaixa no centro da testa, já o Passa é uma variação mais elaborada que cobre apenas um lado da cabeça: “Eles podem ser incrustados com diamantes, rubis, esmeraldas ou pérolas, mas há também outras variações modernas desses adornos que os incorporam a um estilo mais contemporâneo.”, diz Mercia.
Peças tradicionais
As esmeraldas são altamente valorizadas na joalheria indiana, vistas como um símbolo de realeza e prosperidade, tornando-os uma escolha ideal para casamentos de alto perfil. “Um exemplo popular são os chokers de esmeralda, que oferecem um visual impactante e podem ser utilizados em camadas com outras joias.”, recomenda Mercia.
Tradicionalmente usados em cerimônias Punjabi, celebração dos noivos da região norte da Índia, braceletes arrojados conhecidos como Churas ou Bangles também ganharam popularidade. Eles podem ser compostos por Kaleeras, que são os conjuntos de “pulseiras” adicionados a esses braceletes ornamentados. “Normalmente, eles são personalizados com ‘charms’ que incluem detalhes que refletem a história do casal.”, explica a especialista.
Além das pulseiras, também é um costume indiano utilizar tornozeleiras especiais nas cerimônias matrimoniais. Incrustadas com pedras preciosas ou semipreciosas, os Payals, como são chamados, podem ser utilizados pelas noivas e até mesmo pelas damas de honra.
A importância da personalização
Noivas que desejam algo único e significativo têm optado por designs sob medida que incorporam elementos pessoais, como as iniciais do casal ou detalhes que simbolizam momentos importantes. “A personalização permite criar algo verdadeiramente único, que ressoe com a história de amor que elas querem contar. Os estilos indianos também têm bastante disso em sua origem, com peças que passam de geração para geração que podem ser adaptadas ou reinterpretadas a cada novo ciclo”, finaliza Mercia.