3 benefícios da caminhada para a saúde
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A rotina agitada muitas vezes dificulta a criação de hábitos saudáveis, mas pequenas mudanças podem fazer a diferença. A caminhada surge como uma opção acessível e eficiente para manter o corpo ativo, sem a necessidade de equipamentos ou grandes preparações.
Em vídeo publicado em seu Instagram nessa segunda-feira (10), o presidente Lula apareceu caminhando e fez um convite à população para que se junte a ele na prática em prol da saúde. “Eu queria convidar você pra andar comigo. Andar comigo significa que você vai cuidar da sua saúde, você vai cuidar da sua pernas”, disse.
Além de ser um exercício extremamente democrático que pode ser feito pela maioria das pessoas, a caminhada traz uma série de benefícios para a saúde. “A caminhada melhora a saúde cardiovascular e diminui o risco de doenças como obesidade , diabetes e alguns tipos de câncer, além de ser capaz de reduzir dores e retardar o dano na articulação em pessoas com artrose”, explica o ortopedista Dr. Marcos Cortelazo, especialista em joelho e traumatologia esportiva e membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT).
Abaixo, confira outros benefícios da caminhada para a saúde!
1. Melhora o fluxo da circulação do sangue
Como destacado pelo presidente Lula, a caminhada é especialmente benéfica para as pernas por melhorar a circulação. “A prática de exercícios físicos aumenta o fluxo da circulação do sangue e melhora o retorno venoso com a finalidade de levar oxigênio às células dos músculos e tecidos próximos. Assim como o sangue chega nos membros inferiores, ele precisa retornar ao coração para ser bombeado novamente. E isso é feito pela panturrilha, que é ativada durante a caminhada”, diz a cirurgiã vascular Dra. Aline Lamaita, membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular.
Ela ainda alerta que, quando a musculatura da panturrilha não é exercitada, a circulação fica dificultada, o que pode causar retenção de líquido e, consequentemente, inchaço e sensação de pernas pesadas e cansadas. “Essa falta de bombeamento de sangue também leva a danos nas paredes das veias, favorecendo o surgimento de varizes, e à formação dos coágulos sanguíneos causadores da trombose”, acrescenta a médica.
2. Controle e prevenção da artrose
A caminhada também é muito benéfica, por exemplo, para pessoas que sofrem com artrose , ajudando a retardar o dano que ocorre na articulação, além de reduzir as dores. “A artrose é uma doença degenerativa e inflamatória que provoca a destruição da cartilagem articular e leva a uma deformidade da articulação. Esse processo degenerativo é complexo e inicia-se com o envelhecimento”, afirma o Dr. Marcos Cortelazo.
Segundo o ortopedista, a caminhada pode ajudar no tratamento da doença. “[…] Sabe-se que esse tipo de exercício pode ser um tratamento eficaz com efeitos colaterais mínimos, ao contrário dos medicamentos, que muitas vezes vêm com um preço alto e possibilidade de efeitos colaterais, mas que devem ser usados se houver recomendação médica”, afirma.
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3. Ajudar a prevenir o envelhecimento precoce
Além dos benefícios à saúde, a caminhada também contribui com a beleza, pois, assim como qualquer exercício, ajuda a prevenir o envelhecimento na medida em que combate o acúmulo de radicais livres provenientes da exposição solar e dos maus hábitos. “A atividade física consome energia e consegue, com isso, neutralizar esses radicais livres, melhorando o que chamamos de estresse oxidativo. Além disso, o exercício acelera o metabolismo de todo o organismo, então as células são estimuladas a absorverem mais nutrientes, e secretar toxinas de maneira mais eficiente”, explica a cirurgiã plástica Dra. Beatriz Lassance, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
Segundo a médica, na caminhada toda a circulação é mais solicitada. “O sistema arterial aumenta seu fluxo e, consequentemente, o aporte de nutrientes e oxigênio para todos os tecidos. Com a melhora no fluxo sanguíneo, o sistema linfático passa a trabalhar em maior velocidade, desintoxicando o organismo e diminuindo a retenção de líquidos. Isso se reverte, inclusive, na pele, deixando-a mais hidratada, corada e mais viçosa”, enfatiza.
Escolha do tênis ideal para caminhada
Para quem deseja começar a caminhar, o ortopedista Dr. Marcos Cortelazo diz que um dos cuidados mais importantes está relacionado à escolha do calçado. “O calçado deve oferecer estabilidade, possuir um tamanho adequado para seu pé e, claro, ser confortável. Além disso, o tênis escolhido deve estar de acordo com o seu tipo de pisada e a atividade física que será praticada”, explica.
Conforme o médico, no caso de caminhadas, é importante optar por tênis específicos com um bom sistema de amortecimento para reduzir o impacto do contato com o solo nas articulações. Na dúvida quanto ao calçado ideal, a melhor opção é pedir orientação de um ortopedista.
Cuidado com as dores
Para os iniciantes na caminhada, é essencial começar devagar e se atentar aos sinais do corpo. Ao sentir desconfortos severos durante qualquer atividade física, é fundamental interromper o exercício e prestar atenção à evolução da dor.
“Dores que ocorrem durante ou após a prática de atividade física e desaparecem espontaneamente não tendem a ser graves. Geralmente, trata-se de dores pós-esforço. No entanto, dores que não regridem espontaneamente são um sinal de alerta. Nesses casos, é fundamental que você não tente continuar a prática e busque um médico”, diz o Dr. Marcos Cortelazo.
Atenção com o mal-estar
Também vale tomar cuidado com tonturas, dores de cabeça ou mal-estar, que não são normais durante a atividade física e podem ser sinal de que algo está errado. “Um dos motivos da tontura e dor de cabeça nos exercícios é a falta de alimentação adequada. Por isso, é recomendado que, algumas horas antes da atividade física, você consuma alimentos como carboidratos complexos e gorduras saudáveis, que vão fornecer glicose ao organismo para ser transformada em energia”, aponta a Dra. Aline Lamaita.
Esse mal-estar também pode ser causado por exageros durante os exercícios. Por isso, se você pretende começar a praticar atividades físicas, o ideal é que o exercício seja introduzido de forma lenta e progressiva e sempre acompanhado de perto por um profissional especializado.
“Se os sintomas persistirem mesmo após a redução dos exercícios e a adoção de uma alimentação balanceada, é recomendado que você procure um médico especializado para avaliar a possível existência de problemas mais sérios, como diabetes ou pressão alta”, finaliza a cirurgiã vascular.
Por Maria Claudia Amoroso
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