7 jogos de arcade que ficaram esquecidos no tempo
Tecmundo
As décadas de 80 e 90 foram povoadas pelos fliperamas, cheios de cores brilhantes e barulhentos o bastante para atrair potenciais jogadores de longe. As máquinas podiam ser encontradas em quase todos os cantos, surgindo até em padarias e botecos, fornecendo horas de diversão se você tivesse, é claro, dinheiro suficiente para continuar comprando as fichas.
E enquanto alguns se tornaram extremamente populares, marcando vida dos fãs e sendo lembrados com carinho até hoje, outros não fizeram tanto sucesso e acabaram apagados da memória. Pensando nisso, criamos uma lista com 9 jogos de arcade que foram esquecidos no tempo. Confira abaixo:
After Burner (1987)
Este simulador de combate aéreo foi o primeiro projeto de Yu Suzuki, o famoso produtor de jogos da SEGA que também trabalhou em projetos como as franquias Shenmue e Virtua Cop.
Controlando um potente caça supersônico F-14 Tomcat, os jogadores precisavam avançar por 18 fases, destruindo todas as aeronaves inimigas que surgiam com uma metralhadora e uma quantidade limitada de mísseis.
Além das inspirações claras em Top Gun – filme extremamente famoso na época – o game também chamava a atenção por surgir em muitos fliperamas com um modelo de cockpit o que tornava a jogatina ainda mais divertida.
Ele recebeu uma continuação no mesmo ano, que foi basicamente um aprimoramento do título original, e mesmo com os esforços da desenvolvedora para manter a série viva, ela acabou desaparecendo com o final da época dos fliperamas.
Growl (1991)
Os beat'em ups eram extremamente populares no mundo dos arcades, e aproveitando essa tendência e a febre dos cuidados ambientais surgiu Growl, cuja trama envolvia uma equipe de guardas florestais que precisavam salvar animais das mãos de cruéis caçadores que estão levando a vida selvagem à extinção.
A jogabilidade era extremamente divertida, com os bichinhos resgatados se unindo ao combate e matando alguns vilões como um ato de vingança.
Mas não que os heróis precisassem de ajuda, afinal, dava até para atingir inimigos desarmados com várias armas diferentes, incluindo um lançador de foguetes, item que claramente faz parte do arsenal cotidiano de qualquer protetor dos animais de respeito...
Total Carnage (1992)
Total Carnage surgiu como um sucessor espiritual do shooter Smash TV, trazendo uma boa dose de violência, um senso de humor bizarro e munição o suficiente para um pequeno exército.
Nele, os jogadores assumem o papel do Captain Carnage e Major Mayhem – basicamente Capitão Carnificina e Major Mutilação – em uma jornada cheia sanguinolenta para impedir que o General Akhboob e seus seguidores mutantes dominem o mundo.
Um detalhe interessante é que os protagonistas foram inspirados no famoso Rambo, papel icônico de Sylvester Stallone, e o enredo se baseou na Guerra do Golfo, especialmente em um incidente no qual agências de inteligência ocidentais afirmaram que armas biológicas estavam sendo produzidas em uma fábrica de fórmula infantil.
Mesmo recebendo críticas positivas durante o lançamento, o game acabou sendo considerado um fracasso financeiro, sendo inevitavelmente esquecido com o passar dos anos.
Lucky & Wild (1993)
Ao verem o sucesso que os gêneros shooter e corrida faziam no universo dos arcades, muitas empresas tentaram entrar nessa onda, mas a desenvolvedora Namco com certeza teve a ideia mais brilhante possível, combinando o melhor de dois mundos em Lucky & Wild.
Com um enredo extremamente inspirado nas comédias clássicas de parceiros policiais, o game mostra o sofisticado Lucky e o durão Wild perseguindo seis criminosos diferentes em alucinadas perseguições veiculares.
Sua jogabilidade era a parte mais interessante, pois um jogador ficava encarregado de dirigir enquanto o outro atirava nos inimigos, uma fórmula excelente para garantir várias horas de muita adrenalina e caos.
The Punisher (1993)
Os beat'em-ups e os personagens da Marvel foram uma grande febre nos anos 90, mas enquanto o game dos X-Men da Konami fez um sucesso estrondoso, The Punisher – desenvolvido e lançado pela Capcom – acabou passando batido no radar de muita gente e foi considerado uma falha comercial.
Utilizando a mesma fórmula de títulos famosos como Final Fight, este jogo traz como protagonistas o anti-herói Justiceiro e o agente da S.H.I.E.L.D Nick Fury em uma jornada com muita porradaria para derrotar o Rei do Crime e seus capangas.
Mesmo sem uma jogabilidade inovadora, a quantidade de armas disponíveis e o estilo cômico ainda o tornam bem divertido, e ele também foi considerado uma das melhores adaptações do universo dos quadrinhos para o mundo dos jogos.
Primal Rage (1994)
Primal Rage é basicamente uma experiência de luta com fortes inspirações em Mortal Kombat, tanto no desenvolvimento dos poderes de seus personagens quanto no nível de violência e gore.
Sua narrativa gira em torno de um mundo devastado por um meteoro, o que levou a humanidade a regressar para a Idade da Pedra, e trouxe lagartos e primatas gigantes como os novos seres evoluídos que são reverenciados pelos humanos primitivos como deuses.
O game conta com sete personagens jogáveis, cada um com habilidades próprias e representando um aspecto diferente da natureza, como: vida, morte, fogo, fome, entre outros. O mais legal é que enquanto os monstros batalham, os pobres humanos ficam passando ao fundo, e é possível devorá-los para recuperar vida e até ganhar pontos bônus.
Devido ao seu estilo sangrento, o game acabou gerando muita controvérsia, passando por diversas alterações para acalmar os críticos. Uma continuação havia sido programada para 1995, mas acabou sendo cancelada, e aos poucos, esta batalha de criaturas gigantes foi perdendo sua popularidade.
Area 51 (1995)
Com o sucesso da hiper violência de Mortal Kombat e a popularidade dos shooters em primeira pessoa, a Atari Games decidiu unir diversos elementos que estavam indo bem no mundo dos games, e foi assim que surgiu Area 51.
Com muito sangue e armas leves, este jogo coloca os jogadores como parte de uma equipe militar que deve derrotar os alienígenas conhecidos como Kronn e seus zumbis para impedir que tomem controle da famosa instalação militar norte-americana.
O título foi muito bem recebido na época, ganhando até uma sequência direta e um sucessor espiritual, mas no fim não foi o bastante para se manter relevante, e acabou sendo esquecido com o tempo.
Top Skater (1997)
Top Skater podia não ser um dos melhores títulos de esporte em questões gráficas ou de jogabilidade, mas por ser o primeiro a contar com uma máquina com um skate embutido com certeza chamou a atenção de muita gente.
Utilizando o objeto de metal embutido no gabinete, os jogadores podiam orientar o personagem, se inclinando na parte de trás para realizar vários tipos de “manobras radicais”. Mesmo sem um gameplay inovador, ainda era extremamente divertido, e ótimo para atrair os “sk8ers boys e girls”.
Silent Scope (1999)
Desenvolvido e publicado pela Konami, Silent Scope gira em torno de um atirador de elite que precisa ajudar a polícia a resgatar em segurança o Presidente dos Estados Unidos e sua família, sequestrados por uma organização terrorista que exige a libertação do seu líder.
Este arcade chamava a atenção por conter um rifle de plástico com mira como parte dos controles, o que permitia um nível extra de emoção durante o gameplay. E devido a sua grande dificuldade, ele encorajava várias horas de jogatina, se encaixado perfeitamente no mundo dos fliperamas.
