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Kapital: Sparks of Revolution tem boas ideias, mas traz experiência curta
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Kapital: Sparks of Revolution tem boas ideias, mas traz experiência curta

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Tecmundo
25/06/2022 13h30
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Imagine um jogo de construção de cidades que também dá o direito de gerenciar toda uma sociedade? Parece complexo, mas o modelo estatal já esteve e está presente em diversos lugares do nosso planeta. 

Agora ele está na tela do seu computador. Com produção simples e bem feita, a 1C Entertainment resolveu colocar a mão na massa e, mesmo em Unity, entregou um jogo que te dá uma perspectiva diferente do encontrado no gênero. Bem-vindo ao mundo de Kapital: Sparks of Revolution.

Vale destacar que a empresa já se aventurou em jogos de gerenciamento, como o complexo Secret Government e os títulos da série Realpolitiks. Por isso minha expectativa ficou acima da média, mas fica claro que muita coisa precisa ser feita.

Reconstrução

Você assumirá o papel de um líder regional e contará com a ajuda de conselheiros para tirar uma cidade do limbo. No momento, a única coisa que existe são alguns trabalhadores dispostos a retomar a vida na cidade e os destroços.

Seu trabalho será árduo, com três classes para cuidar: nobres, burgueses e trabalhadores. E os problemas já se iniciam, pois cada uma delas possui suas características e objetivos distintos, fazendo de tudo para ter o controle do que ocorre na região.

Cada uma delas possui interesses, mas todas dependem de três itens básicos para se satisfazerem: entretenimento, saúde e nutrição. E é aqui que os problemas começam.

As necessidades de cada um surge de uma hora para outra e você terá que fazer de tudo para solucionar os problemas. Caso contrário, rebeliões tomarão conta da cidade e será impossível liderar a reconstrução da cidade. 

O que mais complica a situação é que o balanceamento dos itens não segue de uma forma ordenada, complicando ainda mais o gerenciamento social e material. Sem entrar no mérito da questão, prepare-se para contar nos dedos o que deve ser feito.

Viva a revolução!

Na teoria, Kapital: Sparks of Revolution possui ingredientes conhecidos em Anno 1800 e Frostpunk. Só que tudo é mais simples e com um fator replay menor, tornando o jogo repetitivo depois de um certo tempo.

Mesmo com as classes sociais se revoltando contra o seu legado, a diversão é curta demais para ser verdade. Quando você piscar os olhos vai se sentir em um looping infinito.

O modo história te coloca a par de tudo o que pode ser feito, fazendo com que o jogador entenda de forma gradual tudo o que acontece em seu “reino”. Mas fique tranquilo, ele será repetitivo, só que depois de mais tempo. 

No modo sandbox, aparentemente nada muda. Inclusive, o mapa que você utiliza nas campanhas são idênticos, o que diminui ainda mais o fator replay do game.  

E como eu disse mais acima, o jogador terá uma luta constante para impedir certas brigas com as classes sociais, já que o desbalanceamento do jogo faz com que ocorra uma luta constante em conseguir recursos para desenvolver a cidade. 

Vale ressaltarmos que o grande intuito do jogo é ressaltar essa luta de classes, ou seja, o surgimento de uma revolução. Isso só será possível se você tiver problemas na captação de materiais e desenvolvimento da cidade. 

Isto até significa o problema de balanceamento encontrado no jogo. Fica claro que quando mais dificuldades para desenvolver sua cidade, mais conflitos ocorrerão, dando vida a verdadeira intenção do jogo, que é acabar com o seu poder de liderança.

Até que é bonitinho

É preciso entender que Kapital: Sparks of Revolution foi construído em cima do Unity, o que limitou em muito a parte gráfica do jogo.   

Importante salientar que utilizando uma engine muito usada e conhecida era de se esperar um bom trabalho de otimização. Nisso não há o que reclamar das condições apresentadas no jogo.

Mesmo com um computador limitado será possível jogar a aventura sem problemas de desempenho. em contrapartida, os gráficos agradam e possuem muitos detalhes.

Porém, com o tempo você acaba enjoando com facilidade do que é apresentado. Tudo porque ele não possui característica própria. Não tem personalidade, tirando grande parte da imersão.

O mesmo pode ser dito da música ambiente. Infelizmente ela não ressalta o que esperamos de um jogo que possui um contexto tão denso e atual em nosso mundo. Ficou devendo demais neste quesito. 

Vale a pena?

Se você gosta do tema, tenha em mente que sua diversão será curta. Não espera se divertir mais do que 10 horas em um jogo como este. 

Percebe-se claramente que ele poderia ser muito maior do que o apresentado. Mas vale ressaltar que as limitações de engine e principalmente em absorver um número maior de jogadores casuais, o transformou apenas em um convite à revolução.

 

 

 

 

 

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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