Cigarro aumenta risco de morte por câncer de próstata, diz estudo
Tecmundo
De acordo com um estudo feito na Suécia, o hábito de fumar é responsável por aumentar o risco de morte em casos de câncer de próstata. Participantes que declararam fazer uso recorrente de cigarro tiveram risco de 20% maior do que homens que nunca fumaram.
Os pesquisadores agora querem saber qual a razão para a correlação observada, quais as consequências da descoberta e, principalmente, se deixar o vício pode melhorar as chances de cura de pacientes da doença.
Estudo mostra que tabagismo pode aumentar risco de morte em casos de câncer de próstata (Fonte: Shutterstock)
Informações autorrelatadas por mais de 350 mil pessoas por várias décadas, ao longo de cinco estudos populacionais, foram utilizadas pelos pesquisadores responsáveis pela pesquisa. Com um estudo extenso como esse, é possível tirar correlações mais precisas.
Os dados, coletados desde 1974, incluíam o tipo de tumor, o diagnóstico, a causa da detecção - por sintoma ou exame - e tratamento empregado. Durante o período, quase 25 mil participantes desenvolveram o tumor, dos quais 20% faleceram da doença.
Resultados surpreendentes
Surpreendentemente, os cientistas observaram que os fumantes apresentaram, em geral, menor risco de desenvolver o câncer de próstata localizado, a forma mais comum detectada da doença.
Segundo os pesquisadores, entretanto, uma possível razão para o fato é que pessoas que fumam estão menos propensas a buscar um diagnóstico quando ainda estão assintomáticas.
Por outro lado, o tabagismo levou a uma incidência maior de mortes entre os pacientes. Sylvia Jochems, autora do estudo, acrescenta em comunicado que o aumento dos óbitos aconteceu independentemente do estágio do câncer.
“Precisamos entender mais se é o tabagismo ou outros fatores de risco, como fatores sociodemográficos, que causam essa associação. Outra questão importante é saber se o prognóstico pode ser melhorado parando de fumar após o diagnóstico", diz, em comunicado, Tanja Stocks, professora da Universidade de Lund, Suécia.
ARTIGO European Urology: doi.org/10.1016/j.eururo.2022.03.033