Home
Tecnologia
Eyiuden Chronicle: Rising faz a lição de casa como prequel
Tecnologia

Eyiuden Chronicle: Rising faz a lição de casa como prequel

publisherLogo
Tecmundo
13/07/2022 19h00
icon_WhatsApp
icon_Twitter
icon_facebook
icon_email
https://timnews.com.br/system/images/photos/15092423/original/open-uri20220713-18-h11zci?1657739647
icon_WhatsApp
icon_Twitter
icon_facebook
icon_email
PUBLICIDADE

Confesso que fiquei bastante empolgado quando Eiyuden Chronicle: Hundred Heroes foi anunciado em 2020. O game já me atraiu a atenção por ter um estilo gráfico que remete aos grandes clássicos dos RPGs e possibilidade de múltiplos finais, além de um universo que promete bastante conteúdo.

Para dar um gostinho do que vem por aí no game que promete ocupar algumas dezenas de horas das nossas vidas, o time de produção nos brindou com um prequel bastante convincente em dar uma ideia do que vem por aí: Eiyuden Chronicle: Rising.

 

Exploradores em busca de tesouros

A história apresentada aqui nos coloca no mundo de Nova Nevah, região que prospera basicamente da exploração de tesouros em suas minas (chamadas Montículos) e de serviços voltados para aventureiros decididos a enriquecer dessa forma. É nesse contexto que encontramos a protagonista CJ.

CJ é uma caçadora de tesouros de 16 anos que está cumprindo um ritual de passagem de sua família. Nesse processo, ela deve voltar para casa apenas após encontrar algo maior e tão valioso quanto o que foi descoberto por seu pai, fazendo com que ela chegue a essa área em busca de seu tão precioso bem.

É verdade que a história começa um pouco arrastada e demora para as coisas engrenarem, mas depois de um tempo você certamente estará curioso para avançar e descobrir como a jovem vai terminar a missão ao lado de seus dois aliados: Garoo, um mercenário que é pura força, e Isha, a prefeita interina de Nova Nevah que é a uma das poucas usuárias de magia na região.

É no comando desse trio que você vai desbravar uma história que o levará muito além da simples exploração de minas e outros calabouços. Como disse antes, no início as coisas podem parecer um pouco mornas, mas conforme avança vai estar diante de um enredo que traz sacrifícios, descobertas e muitos outros detalhes para os aventureiros.

Andando para lá e para cá

Com uma temática envolvendo exploração, já dá para perceber que lógica aqui vai ser seguir para os calabouços e voltar para a cidade de tempos em tempos para buscar mais missões ou mesmo recuperar a energia e salvar o jogo.

Já de cara somos apresentados ao sistema de carimbos. Antes de partir para os calabouços em busca de tesouro, CJ vai precisar ajudar algumas pessoas para conseguir uma licença de exploração. Essas tarefas já vão servir para apresentar um panorama de como Nova Nevah funciona e seus respectivos distritos.

Nesse ponto, vale dizer que o sistema de carimbos guia as quests paralelas presentes no jogo. Há muitas (muitas mesmo!) para cumprir, mas sendo bem franco será bem difícil que acabe se ocupando com todas elas a menos que esteja precisando de dinheiro ou experiência para evoluir. Entretanto, um ponto positivo é que você pode ativar várias ao mesmo tempo e parte delas envolve coletas de itens que já estarão em seu inventário.

Quando chega a parte de exploração de calabouços (vale mencionar que existe um sistema de viagem rápida aqui, o que ajuda bastante), eles se mostram bem completos em seu pacote. Seja pela temática (sim, tem um de fogo, um de gelo e por aí vai) ou pelos elementos de interesse (pedras de mineração, baús e potes com tesouros, etc), cada um deles vai desafiá-lo de uma forma diferente com seus inimigos e chefes.

Essa parte de exploração se torna ainda mais divertida quando temos a party completa por conta das estratégias que podemos elaborar, incluindo aqui ataques combinados. Cada um dos personagens vai cumprir uma função básica dos RPGs convencionais (CJ é a mais ágil e capaz de desferir mais ataques, Garoo é o tanque e Isha a usuária de magia), e o jogo sabiamente o fará rotacionar entre todos eles para garantir o avanço.

Apenas para citar alguns exemplos: só Garoo possui a força necessária para golpear e quebrar os escudos de alguns inimigos, enquanto Isha vai garantir que barreiras mágicas cessem com seus ataques. Esses giros acabam gerando um censo de urgência para manter todos vivos, já que alguns combates são no formato de onda e você não tem como saber o que o aguarda.

Outro ponto importante é que cada um dos três também pode receber uma elemental para os ataques, gerando o clássico sistema de forças e fraquezas em combates. Isso vale tanto para inimigos normais quanto chefes. Estes, aliás, vão aparecer com formas e tamanhos variados, escudos e movimentos diferentes, mas não leva muito tempo para você entender como acabar com cada um deles.

Simulador de cidades

Outro ponto bem interessante de Eiyuden Chronicle: Rising é que você está em uma cidade que tem muito a ser feito para os aventureiros. E sim, tudo vai ter o seu dedo envolvido ao realizar algumas missões.

Sendo essa uma cidade voltada para aventureiros, você vai contar com ferreiros, boticário, negociantes e outras frentes para tornar a sua jornada um pouco mais fácil. Alguns desses empreendimentos são levantados obrigatoriamente ao longo da jornada, enquanto outros vão dar as caras como missões paralelas.

Esses locais são importantes especialmente para liberar equipamentos melhores para CJ, Garoo e Isha. Além de fortificar armas e armaduras, também é possível desbloquear movimentos para o trio com algumas melhorias, como mais golpes, pulo duplo para CJ, habilidade de flutuar para Isha e muito mais.

De todos esses, talvez o recurso mais curioso (e eu não me lembro de ver isso com frequência em jogos) seja o de negociação de itens. Já no começo da aventura Isha explica que a prefeitura cobra uma taxa de 30% de imposto em qualquer transação feita na cidade, e isso se aplica a você (mesmo tendo a prefeita interina no grupo). Logo, quando a casa de penhores estiver aberta, espere receber um pouco menos do que aquele item realmente vale por conta da tributação.

Também é válido dizer que não basta apenas construir os estabelecimentos, pois com o avanço da jornada eles podem evoluir e liberar coisas ainda melhores para o time. Esse talvez seja um dos principais pontos para seguir em busca de algumas missões paralelas, pois tais melhorias ajudam bastante no avanço.

Podia melhorar?

Não há dúvidas de que Eiyuden Chronicle: Rising é um game divertido e apresenta bastante conteúdo para o preço que é cobrado (algo entre 12 e 15 horas para cumprir a aventura principal mais as missões paralelas e pós-créditos). Porém, não é tudo que funciona muito bem aqui.

Além da história que demora um pouco a engrenar (e isso pode ser um bloqueio para alguns), as missões não são tão cativantes assim para que você tente habilitar todas. O sistema de recompensas para a coleta de carimbos também não apresenta uma lista muito vasta de conteúdo, fazendo com que apenas aqueles que quiserem completar 100% do jogo acabem se empenhando.

Também vale mencionar que a dificuldade do game é um pouco baixa e raramente você vai se ver em desespero ou grande perigo. Mesmo nos chefes há grandes chances de morrer apenas uma vez para entender como derrotá-lo (eu mesmo só morri mais vezes em um deles) — e isso pode ser algo ruim para quem deseja mais desafio. 

Vale a pena?

Em linhas gerais, Eiyuden Chronicle: Rising é um jogo que vale o seu investimento, especialmente se está de olho em Eiyuden Chronicle: Hundred Heroes. Ainda assim, ele é um jogo competente se observamos apenas os elementos de exploração e combate, então mesmo a experiência separada do game principal pode agradar a boa parte do público.

O game foi cedido gentilmente pela 505 Games para a realização desta análise.

 

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
icon_WhatsApp
icon_Twitter
icon_facebook
icon_email
PUBLICIDADE
Confira também