Após transplante de Faustão, registros para doação de órgãos têm aumento de 128%
Bons Fluidos
Desde que Faustão, apelido de Fausto Silva, foi submetido a um transplante de coração no dia 27 de agosto, a discussão acerca do tema “doação de órgãos” vem crescendo no Brasil. Não à toa, os dados coletados desde então justificam a afirmativa: segundo informações reveladas pela Folha de S.Paulo, houve um aumento de 128% nos registros em cartório de indivíduos que desejam ser doadores de órgãos.
Esses registros, que recebem o nome de DAVs, ou Diretivas Antecipadas de Vontade, referem-se a documentos que confiram legal e formalmente a vontade do cidadão de ser, no futuro, doador de órgãos. O certificado também garante que o desejo desta pessoa seja realizado mesmo que esta já não tenha condições de se manifestar sobre a decisão, em caso de morte cerebral, por exemplo.
Apenas no mês de setembro, o Cartório de Notas de São Paulo apontou à mídia que foram registrados mais de 80 DAVs. Faltando pouco mais de uma semana para a chegada de outubro, a diferença é notável em comparação com a média dos últimos três anos, de apenas 35 DAVs por mês – conferindo o aumento de 128%.
“A Diretiva Antecipada de Vontade é uma ferramenta fundamental para assegurar que a vontade do indivíduo seja cumprida no que diz respeito à doação de órgãos […] Espero que a repercussão positiva da cirurgia do apresentador possa incentivar as pessoas a se tornarem doadores de órgãos”, disse Daniel Paes de Almeida, presidente do Colégio Notarial do Brasil – Seção São Paulo.
Nesta última segunda-feira, 18, Fausto Silva voltou a ser internado no Hospital Israelita Albert Einstein, local onde ocorreu a operação, para a realização de exames pós-transplante cardíaco. “Trata-se de protocolo de rotina que avalia o funcionamento do coração e se há indícios de rejeição”, aponta o boletim médico.