Novo medicamento contra calvice é aprovado pela Anvisa
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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concedeu aprovação para o uso do medicamento Olumiant Baricitinibe no tratamento da calvície. O parecer favorável foi emitido pelos especialistas da Anvisa no final de outubro. O uso é recomendado especialmente para calvice causada pela alopecia areata, uma doença autoimune que leva à perda dos cabelos.
Com essa decisão, o baricitinibe pode agora ser utilizado em pacientes adultos que apresentam casos graves de alopecia areata em todo o corpo, e não apenas em áreas específicas, como é comum em muitos medicamentos. O medicamento já havia sido aprovado para o tratamento de dermatite, artrite e até mesmo para a Covid-19. É importante ressaltar que o baricitinibe não é indicado para tratar a calvície hereditária chamada "androgenética", transmitida pela família.
O medicamento passou por estudos no Brasil e no exterior, que comprovaram sua eficácia. Uma recente pesquisa, que contou com a participação do Serviço de Dermatologia da Unicamp (Universidade de Campinas), alcançou um resultado importante: 22% dos pacientes que haviam perdido de 50% a 100% dos cabelos conseguiram recuperar quase toda a cobertura do couro cabeludo em seis semanas. Além disso, a substância também recebeu aprovação da FDA, agência norte-americana com atuação semelhante à Anvisa.
Com a aprovação de um novo medicamento para tratar a calvície, muitas pessoas acabam comparando seus efeitos com os de outras substâncias comumente utilizadas, como o Minoxidil. Inclusive, o Minoxidil foi utilizado em um estudo realizado pela Universidade de Medicina em Zhejiang, na China, como complemento ao Baricitinibe, obtendo resultados ainda mais satisfatórios.
O Olumiant Baricitinibe é fabricado pelo laboratório Eli Lilly do Brasil, mas tem um custo alto. Uma caixa com 30 comprimidos de 4mg do medicamento pode ser encontrada a partir de R$ 3.940,00, podendo chegar a mais de R$ 7 mil.