Itália proíbe entrada de grandes navios de cruzeiros em Veneza
Rota De Férias
Eles chegaram a ser suspensos por 17 meses durante a pandemia do novo coronavírus, voltaram à carga toda em junho e, agora, estão definitivamente banidos. O governo da Itália, enfim, decidiu proibir a entrada de grandes navios de cruzeiros em Veneza.
A decisão, que entra em vigor em 1º de agosto, atende a um alerta da Unesco, que pretendia incluir a Sereníssima na lista de Patrimônios da Humanidade ameaçados caso nenhuma atitude fosse tomada. De acordo com a entidade, os transatlânticos provocam danos irreparáveis à cidade, que precisa urgentemente de uma gestão turística mais sustentável.
Cruzeiros em Veneza? Apenas os pequenos
Com a nova determinação, os cruzeiros em Veneza realizados por grandes navios (a partir de 25 mil toneladas de peso, 180 metros de comprimento, 35 metros de altura ou que produzam desde 0,1% de enxofre) serão desviados para o porto de Marghera.
A ideia do governo italiano é projetar um novo terminal nos arredores da Sereníssima, com espaço para até seis embarcações. Uma concorrência com custo de 2,2 milhões de euros já foi aberta pelo Ministério de Infraestrutura da Itália.
Embarcações menores, com capacidade para até 200 passageiros, poderão seguir indo até o centro de Veneza.
Com isso, fica resolvido um embate que, há anos, divide moradores, especialistas e empresários na região. De um lado, estão os ativistas que apontam que os navios de cruzeiros em Veneza afetam as fundações da cidade e prejudicam sistematicamente o frágil ecossistema da Laguna de Veneza. Do outro, comerciantes e empreendedores que acreditam que afugentar os grandes navios trará prejuízos econômicos à região.
Se nada mudar, os primeiros já podem dormir sossegados.