O que fazer na Irlanda – Dublin, St. Patrick’s Day e muito mais
Rota De Férias
Em busca de o que fazer na Irlanda, resolvi começar a experiência em um bar. Afinal, isso me pareceu justo diante das tradições do país europeu, cuja festa de St. Patrick's Day, celebrada em 17 de março, faz bêbados (e simpatizantes) levantarem canecas muito afora.
Foi assim que listei tudo que você verá neste artigo:
- Onde fica a Irlanda
- Quando ir para a Irlanda
- Como chegar à Irlanda
- O que fazer na Irlanda
- As principais atrações de Dublin
- Onde comer em Dublin
- Onde ficar em Dublin
- O que fazer nos arredores de Dublin
- Dicas para viajar para a Irlanda
Onde fica a Irlanda
Dublin, a capital da Irlanda | Paulo Basso Jr
A Irlanda ocupa uma ilha situada ao noroeste da Europa continental (parte do território da ilha é composto pela Irlanda do Norte, que pertence ao Reino Unido). Independente, a Irlanda é membro oficial da União Europeia. Por isso, a moeda que circula por lá é o euro. A capital da Irlanda é Dublin, a principal cidade do país e para onde muitos brasileiros costumam ir para passear ou fazer intercâmbio.
Quando ir para a Irlanda
Em março, quando começa a primavera no Hemisfério Norte, o clima começa a ficar agradável na Irlanda. Nessa época, a temperatura sobe, a chuva dá um tempo e os parques, arredores de lagos e regiões litorâneas ganham vida. Fora que é o momento de comemorar o St. Patrick's Day, celebrado em 17 de março.
Em junho e julho, no auge do verão, o clima é ainda melhor, mas é alta temporada e os preços disparam. Setembro e outubro também são meses interessantes para visitar a região.
No período seguinte, especialmente entre novembro e fevereiro, Dublin, na Irlanda, fica cinzentas, faz muito frio, os dias escurecem cedo (por volta das 17 horas) e um guarda-chuva vira item de primeira necessidade.
Como chegar à Irlanda
Não há voos diretos entre o Brasil e a Irlanda. Assim, a melhor maneira de chegar a Dublin é via Londres. Da capital britânica, há voos diários para a capital irlandesa. Faça as pesquisas aqui para encontrar os melhores preços.
O que fazer na Irlanda
Bar da Guinness, em Dublin | Paulo Basso Jr.
Estava calejando o cotovelo no balcão enquanto meu pint de Guinness era meticulosamente tirado quando o vi de relance, com uma expressão que beirava o deboche, trajando um manto verde, com um cajado na mão e um trevo de três folhas na outra.
No quadro debruçado sobre a parede, St. Patrick me encarava para, de alguma forma, deixar claro o lugar onde eu havia me metido: Dublin, na Irlanda, um país com tradições milenares, povo festeiro e litros de surpresas a serem desvendadas em meio a seus pubs históricos e cenários dos sonhos.
St. Patrick é o patrono da ilha que, após idas e vindas do tempo, foi dividida em duas: a República da Irlanda e a Irlanda do Norte.
Em Dublin, capital da Irlanda e principal porta de entrada da ilha, o santo faz parte de uma cultura que inclui a paixão incondicional pela literatura – sobretudo pelo fato de Oscar Wilde e James Joyce terem nascido por lá – e também pela boemia, celebrada nos mais de mil pubs espalhados pela cidade, onde todas as noites são consumidos litros e mais litros de cerveja.
Mas para quem procura o que fazer na Irlanda, vale a pena considerar uma esticada da capital rumo aos arredores no interior do país. A região de Wicklow, por exemplo, abriga campos verdejantes, lugares históricos e o famoso "Lago Guinness". Aqui, você verá como curtir todas essas experiências, começando com o que fazer em Dublin.
As principais atrações de Dublin
Região de Temple Bar, uma das principais atrações de Dublin | Paulo Basso Jr
Jovem de espírito e cultural na essência, a capital irlandesa merece muito mais do que uma esticada rápida de quem vai até Londres, como os brasileiros costumam fazer. Trata-se de um lugar feito na medida para quem deseja fugir do convencional em uma viagem para a Europa e enfiar o pé na jaca no maior estilo rock'n roll, de dia e de noite.
Confira 12 atrações em Dublin que você não pode perder ao visitar a região.
- Pontes de Dublin e Spire
- Trinity College
- National Gallery of Ireland
- Grafton Street
- Farmácia de Janes Joyce
- Estátua de Oscar Wilde
- Museu da Guinness
- Old Jameson Distillery
- Porterhouse Brewing Company
- Pub na igreja
- Temple Bar
- Powerscourt Centre
Pontes de Dublin e Spire
O ritmo da vida por lá gira em torno do Rio Liffey, que corta Dublin ao meio. Uma vez na capital irlandesa, você passa por pontes o tempo todo, como a moderna Samuel Beckett Bridge e a tradicional O’Connell Bridge. Esta última dá de cara com o Spire, monumento em formato de agulha que espeta o céu a 120 metros de altura.
Trinity College
Biblioteca da Trinity College | Paulo Basso Jr.
Na outra margem do Liffey, a O’Connell Bridge abre alas para uma série de endereços culturais. O mais importante deles é a Trinity College, universidade fundada em 1592 e dona de uma biblioteca de obras raras.
O maior destaque é o Livro de Kells, um evangelho manuscrito e ilustrado artisticamente à mão, que data do século 9º. Trata-se de um dos maiores tesouros da literatura medieval.
National Gallery of Ireland
National Gallery of Ireland, em Dublin | Paulo Basso Jr.
A National Gallery of Ireland é o principal museu da cidade. O acervo, enorme, inclui obras de Caravaggio, Van Gogh e Picasso. E o melhor de tudo é que a entrada é gratuita.
Grafton Street
Estátua da Molly Malone | Paulo Basso Jr.
Outra pitstop imperdível da lista de o que fazer na Irlanda ao visitar Dublin é a Grafton Street, rua exclusiva para pedestres, reconhecida pelo piso avermelhado e pelos prédios de estilo georgiano – como a loja de departamentos Brown Thomas.
É nessa via que se encontra a estátua de ferro de Molly Malone, uma escultura icônica dedicada a uma moça que ninguém sabe se realmente existiu. Reza a lenda que a formosa menina vendia peixes e mexilhões em um período no qual a fome assolou o país, por causa de uma praga que devastou as plantações de batata – catástrofe que realmente ocorreu em meados do século 17.
Nesse cenário, o destino da garota foi trágico: ela teria morrido de febre antes que alguém pudesse salvá-la e, assim, foi transformada em um símbolo daqueles tempos.
Farmácia de Janes Joyce
Farmácia Sweny | Paulo Basso Jr.
Absorvido pela história dramática, vale a pena caminhar até a rua Lincoln Pl, onde, no nº 1, fica a Sweny, farmácia onde James Joyce comprava sabonetes para a esposa – e cuja descrição aparece em detalhes em Ulisses, sua principal obra. Essa é uma das mais pitorescas atrações de Dublin e a cara da cidade.
Estátua de Oscar Wilde
Mais adiante está a Merrion Square, onde desponta uma estátua de Oscar Wilde, situada bem em frente à casa onde o escritor nasceu. É divertido notar como a escultura encara quem a visita com uma leve cara de deboche – coisa típica de irlandeses, provavelmente –, e algo comum aos personagens do autor de O Retrato de Dorian Gray.
Museu da Guinness
Museu da Guinness, em Dublin | Paulo Basso Jr
Em nenhum outro lugar do mundo uma marca de cerveja representa tanto a identidade de um país como ocorre com a Guinness em relação à Irlanda. Para se ter uma ideia, um desenho inspirado na famosa harpa irlandesa aparece tanto no brasão de armas do país como no rótulo da bebida.
Produzida desde 1759, a cerveja do gênero stout tem gosto forte, malte tostado, coloração escura e teor alcoólico entre 7% e 8% – a pilsen brasileira costuma ter 4,8%.
Ficou famosa no mundo todo graças a campanhas de marketing de sucesso, que incluem a criação do Guinness Book, o famoso livro dos recordes.
Bar Gravity, no Museu da Guinness | Paulo Basso Jr.
Toda essa história pode ser conferida na Guinness Storehouse, construída em 1904 e na ativa até hoje – diariamente sai de lá cerveja para abastecer 3 milhões de pints, nos mercados nacional e internacional. A fábrica tem uma área enorme dedicada aos visitantes, com loja e um museu no qual se confere como a bebida é produzida.
O tour inclui diversas paradas, com destaque para a passagem pela Guinness Academy, onde especialistas ensinam os visitantes a tirar um pint perfeito.
Mas o melhor está reservado para o final, quando se alcança o Bar Gravity, no sétimo andar do edifício. Trata-se do pub mais alto da cidade, a 44 metros de altura e de onde se tem uma bela vista de Dublin. Lá, a galera se encontra para ouvir um som (rock, na maioria das vezes), com todo mundo jogado em sofás espalhados em torno das paredes envidraçadas.
Old Jameson Distillery
Old Jameson Distillery | Paulo Basso Jr.
Outro destino etílico é a Old Jameson Distillery. Ali, tours guiados ela antiga destilaria da Jameson (atualmente, a produção fica na cidade de Cork) revelam como o famoso uísque irlandês ganha toques suaves ao ser triplamente destilado, ao contrário do que ocorre com as marcas mais tradicionais dos EUA e da Escócia – uma vez destiladas e duplamente destiladas, respectivamente.
Templo Bar
Fachada do Temple Bar, em Dublin | Paulo Basso Jr.
A capital irlandesa é uma espécie de Vila Madalena (bairro boêmio de São Paulo) europeia, com pubs, cafés, restaurantes e lounges por todos os lados. O bairro que mais concentra casas tem um nome singelo: Temple Bar.
Curiosamente, ele não foi batizado dessa maneira para indicar que ali existe um tempo de bares, mas como uma homenagem à família Temple, que morava por lá e é tradicional na Irlanda.
O pub mais famoso do pedaço é justamente o que nomeia o bairro, certamente um dos bares locais mais fotografados e estampados em cartões-postais de Dublin.
Pelo histórico, vale a pena dar um pulo por lá e curtir o ambiente tipicamente rústico, com móveis de madeira, sofás pelos cantos e TVs que exibem jogos de rúgbi ou hurling – o esporte mais popular da Irlanda, que é uma espécie de mistura de futebol-americano e hóquei sobre grama.
Porterhouse Brewing Company
Banda se apresenta na Porterhouse Brewing Company | Paulo Basso Jr.
Outro bar legal é no Temple Bar é o da Porterhouse Brewing Company. Decorado com rótulos e garrafas de diversos estilos, é perfeito para quem deseja tomar um copo de Jameson sem pressa, ouvindo rock ou jazz ao vivo, dependendo da programação.
Pub na igreja
Muita gente termina a noite em Dublin confessando os pecados em uma igreja. E que o The Church é um pub construído em um antigo templo desativado.
Sei que parece estranho beber em meio a pórticos góticos e órgãos gigantes, mas esse é o tipo de coisa que pode acontecer a qualquer momento em Dublin. Isso porque diversas igrejas protestantes foram desativadas na cidade após a formação da república e, com o tempo, passaram a exercer outras funções.
Além do pub The Church, o Centro de Turismo de Dublin, situado na Suffolk Street, também fica em uma antiga igreja.
Powerscourt Centre
Powerscourt Centre, em Dublin | Paulo Basso Jr.
Dublin oferece boas opções de compras, em geral com itens mais baratos do que em lugares mais badalados da Europa – com Londres, por exemplo, não dá nem para comparar.
O shopping que concentra as grifes mais desejadas na capital irlandesa é o Powerscourt Centre, onde é possível comprar relógios Rolex e acessórios de vestuário assinados por Philip Treacy, o chapeleiro oficial da família real britânica.
Onde comer em Dublin
Dublin ainda oferece outras opções para curtir a noite com requinte, sobretudo na hora do jantar. Entre elas destaca-se o restaurante The Old Storehouse, onde é possível provar pratos típicos irlandeses, entre eles caldo de carneiro, torta de batata e carne e o Guinness Beef Stew, um ensopado de carne e legumes temperado com cerveja.
Outra boa opção é o Cleaver East. Situado no The Clarence Hotel, tem peixes saborosos e uma excelente adega. É para comer com estilo em cursos de três ou mais pratos.
Para quem procura algo mais descontraído, vale a pena dar um pulo no The Museum Cafe. O restaurante, localizado na The National Gallery, serve pratos típicos, como tortas de batata com carne, e tem preços bons. É bacana para uma refeição rápida.
Onde ficar em Dublin
Brooks Hotel
Situado próximo à região de Temple Bar, em Dublin, este hotel aconchegante tem quartos amplos e serviço impecável.
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Merrion
Localizado na região central de Dublin, este hotel tem ambientes clássicos e luxuosos recriados a partir de um prédio revitalizado. Destaque para o restaurante do empreendimento, o Cellar, que tem duas estrelas no Guia Michellin.
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The Marker Hotel
Moderno e luxuoso, este hotel mescla áreas com suítes repletas de soluções hi-tech. Do seu rooftop (bar no telhado), é possível apreciar a bela paisagem de Dublin.
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Maldron Hotel Kevin Street
Esta é uma boa pedida para quem procura relação custo-benefício. Situado na região central , está a cinco minutos de caminhada da famosa Catedral de St. Patrick, mais um dos pontos turísticos de Dublin.
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O que fazer nos arredores de Dublin
Chegou a hora de expandir a lista de o que fazer na Irlanda. Diversas operadoras de turismo, como a Wild Wicklow Tours, realizam diariamente passeios em ônibus executivos que seguem para destinos interessantes nas cidades próximas a Dublin.
Um dos mais indicados é o que parte de alguns hotéis e do Centro de Turismo da Suffolk Street para o condado de Wicklow, a bela região montanhosa que envolve a capital irlandesa. Ao fazê-lo, você irá conhecer:
- Avoca Handweavers
- Powerscourt House and Gardens
- Lago Guinness
- Glendalough
No final, ainda terá tempo para degustar uísques Jameson nas montanhas.
Avoca Handweavers
Vale a pena tomar café da manhã na Avoca Handweavers | Paulo Basso Jr.
Conduzido por um guia-motorista que enriquece o trajeto com diversos detalhes sobre a história da Irlanda, o tour de um dia pelas cidades próximas a Dublin começa com uma parada para um delicioso café da manhã na Avoca Handweavers, loja de conveniência onde é possível tomar chá, comer tortas de dar água na boca e até fazer algumas comprinhas de objetos de porcelana, roupas e doces.
Daí para frente, uma sucessão de colinas verdejantes pontuadas por lagos e cachoeiras começa a se descortinar pela janela.
Powerscourt House and Gardens
Jardim em estilo italiano do Powerscourt House and Gardens | Divulgação
Cenário de filmes como "P.S. Eu Te Amo", O "Conde de Monte Cristo" e "Coração Valente" (que curiosamente “se passa” na vizinha Escócia), Wicklow abriga campos de golfe, o palácio Powerscourt House and Gardens – com jardins belíssimos que podem ser visitados – e a singela igreja de pedra onde Nicole Kidman e Tom Cruise se casaram em 1990. O matrimônio não deu certo, mas que o lugar que eles escolheram para casar é bonito, ninguém duvida.
Lago Guinness
O tour segue morro acima pelas cidades nos arredores de Dublin até alcançar um mirante de onde se pode observar o Lago Guinness. O local é batizado dessa maneira pelo fato de a mansão de veraneio da família produtora da cerveja ficar em uma de suas margens.
O belo Lago Guinness. em Wicklow | Paulo Basso Jr.
O lago tem pequenas praias banhadas por águas de coloração escura, que rementem à bebida. Mas se ele não é feito de Guinness, ao menos vale saber que toda a água usada na produção da cerveja e é apontada como um de seus segredos de qualidade, devido à pureza, vem das montanhas de Wicklow.
Glendalough
Ruínas de Glendalough, próximas a Dublin, na Irlanda | Divulgação
A próxima parada da lista de o que fazer na Irlanda se dá em Glendalough, onde é possível visitar as ruínas de um monastério erguido a mando de St Kevin no século 6º. Torres de pedra, uma pequena igreja, cruzes celtas enormes e centenas de lápides dão corpo à atmosfera medieval – e um tanto quanto macabra – do sítio histórico.
Obs: Texto adaptado de original publicado na revista Viaje Mais Luxo, parceira do Rota de Férias.
DICAS PARA VIAJAR PARA A IRLANDA
Quando planejamos nossas viagens para a Irlanda, deixamos tudo pronto antes mesmo de sair do Brasil, a fim de evitarmos contratempos e problemas com outros idiomas e costumes.
Com as ferramentas certas, que confiamos a ponto de torná-las nossas parceiras, compramos passagens aéreas mais baratas, alugamos carros com antecedência e reservamos hotéis. De quebra, organizamos todos os passeios, transfers e ingressos para eventos com mais segurança e pagando menos.
Para quem está em busca de o que fazer na Irlanda, vale lembrar ainda que é obrigatório fazer um seguro viagem e é uma excelente ideia comprar um chip de viagem internacional. Dessa forma, você viaja com tudo regularizado e, como se não bastasse, tem acesso à internet em todos os países da região, mesmo fora do hotel.