LAZÚLI lança nova música de trabalho, “Outono”, com participação de Luê
Virgula
LAZÚLI lançou neste domingo mais uma canção que simboliza muito do que carrega consigo, “Outono”. O novo trabalho conta com a participação especial de Luê e já teve até performance ao vivo no palco do Cine Joia, em São Paulo.
São muitas as simbologias e referências que LAZÚLI enxerga no outono, estação que dá nome ao quarto single do primeiro disco-solo da artista. Entre as definições, ela compreende que “o antigo deve morrer para abrir espaço ao novo”. Este processo de renovação, inclusive, foi o fio condutor que inspirou “Outono”.
“O outono é um permitir-se morrer, mudar, como as folhas de uma árvore que – ano após ano – amarelam, secam e caem. Essa música é um dar-me conta de que sou árvore e é necessário deixar que as partes já mortas se vão para que o novo possa chegar”, reflete LAZÚLI.
“As palavras que me vêm são desapego, deixar ir, abrir mão do controle e do medo, mudança, confiança no fluxo da vida, renovação, transmutação, decantação, decomposição que possibilita brotar nova vida, amarelar, murchar, minguar, recolhimento. Ao mesmo tempo, é um trocar de pele, e, nesse procedimento, digamos que a cobra estaria mais recolhida enquanto sua pele se regenera, introvertendo sua energia para a chegada do próximo ciclo”.
Toda essa reflexão é transmutada em formato de som e letra pela cantora e compositora. Como de costume nos processos criativos da Francisco, el Hombre, banda da qual LAZÚLI faz parte, esta faixa também passou por diferentes movimentos até chegar aos contornos que são próprios da carreira-solo da artista. “Foi uma busca para sair da casinha, fomos para vários lados, testando o que a canção poderia ser e, durante alguns ensaios de criação chegamos nesse lugar mais soul, Stevie Wonder, Djavan das antigas, e amamos, era onde queríamos chegar”, afirma.
Por mais que a estação do ano remeta a alguma melancolia, o single não reflete isso em sua sonoridade, além de a participação da cantora Luê reforçar a ideia de que esse movimento de “desfolhar” não precisa ser solitário. “A Luê tem uma voz de veludo que sempre me hipnotiza e trouxe o novo, que a música estava pedindo”, completa.