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A história da foto da menina que se recusou a cumprimentar o presidente João Baptista Figueiredo
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A história da foto da menina que se recusou a cumprimentar o presidente João Baptista Figueiredo

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Aventuras Na História
03/07/2021 11h57
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Em setembro de 1979, a imagem de uma menina se recusando a cumprimentar o então presidente do Brasil, o general João Baptista Figueiredo, repercutiu na imprensa nacional. Capturada pelo fotógrafo Guinaldo Nicolaevsky, a imagem apresenta Rachel Clemens, então com 5 anos, ignorando o cumprimento do presidente do regime militar.

A história por trás da imagem

Em entrevista concedida ao Jornal da Globo, em 2011, Rachel Clemens disse que no dia anterior ao encontro, seu pai tinha dito que iria almoçar com o general João Baptista Figueiredo. A partir disso, a garotinha de 5 anos insistiu para que a mãe a levasse até o Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, para ver o presidente. 

“Virei pra ele: ‘você sabia que você vai almoçar com meu pai hoje’? Aí todo mundo ficava assim: ‘dá a mão pra ele, dá a mão pra ele’. Eu detestei. Detesto que me mandem fazer as coisas. Não dei a mão porque eu não queria dar a mão pra ele, eu queria dar um recado pra ele”, disse ela ao Jornal da Globo, segundo o portal de notícias G1.

A imagem foi publicada em diversos veículos jornalísticos nacionais e até mesmo internacionais, tornando-se símbolo da luta contra as barbáries e censuras cometidas durante o período da ditadura brasileira.

Todavia, Clemens negou ao Jornal da Globo que recusou cumprimentar o presidente como um ato de ‘rebeldia’. Ela disse que só estava ansiosa para falar com o oficial e se sentiu pressionada pelas demais pessoas presentes no local. 

O pós-registro fotográfico 

O autor da imagem, Guinaldo Nicolaevsky, veio a óbito em 2008, sem nunca ter conhecido a garotinha da foto. Antes de falecer, o fotógrafo tentou localizar a protagonista de uma das suas fotos mais famosas, mas não obteve sucesso. 

Rachel disse ao Jornal da Globo que só teve conhecimento sobre a campanha para encontrá-la quando, anos depois, sua mãe recebeu um arquivo contendo a famosa imagem. A partir disso, ela soube do caso e explicou a história por trás do registro. 

Rachel Clemens cresceu em Belo Horizonte e tinha uma pós-graduação no Instituto Tecnológico da Aeronáutica. Querida entre os amigos e família, a mulher infelizmente veio a óbito em 2015, aos 40 anos de idade.

Ainad de acordo com o portal G1, ela foi vítima de uma parada cardiorrespiratória. Seu corpo foi enterrado no Cemitério Parque da Saudade, em Juiz de Fora, na Zona da Mata em Minas Gerais.


Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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