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A história do virologista ameaçado de morte ao se tornar referência no combate à pandemia na Bélgica
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A história do virologista ameaçado de morte ao se tornar referência no combate à pandemia na Bélgica

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Aventuras Na História
09/06/2021 20h34
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No ano de 2020, o nome do virologista belga, Marc Van Ranst, ganhou notoriedade na mídia. Isso aconteceu após o cientista se tornar um dos principais personagens no combate à pandemia do novo coronavírus em seu país.

Contudo, as benfeitorias do virologista na tentativa de conter os casos do vírus e evitar mortes, não foram bem vistas por todos. Sabe-se que nesse período pandêmico, diversos cientistas foram ameaçados por extremistas que se posicionaram contra as políticas de isolamento social.

Imagem ilustrativa de álcool gel e máscara / Crédito: Divulgação/ Klaus Hausmann / Pixabay

 

Porém, o caso de Van Ranst é ainda pior: o belga está na mira de um ex-soldado de extrema direita, que jurou se vingar dos cientistas e apoiadores do lockdown. As informações foram divulgadas em uma reportagem da BBC.

O homem acusado de fazer ameaças a Marc é Jürgen Conings, um fugitivo instrutor de tiros que possui um lançador de foguetes e uma metralhadora. Exatamente por esse motivo que a situação do virologista é considerada perigosa, já que até o momento, as autoridades não localizaram o extremista.

Ameaça constante 

Em entrevista, o médico relembrou o perigoso episódio em que Conings tentou contatá-lo. De acordo com a reportagem, em maio deste ano, o ex-soldado estava fortemente armado quando deixou seu quartel e partiu em direção à casa do virologista.

Na ocasião, o extremista esperava Van Ranst voltar do trabalho e ficou cerca de três horas na rua do virologista. Contudo, naquele dia, o cientista havia chegado mais cedo e o temido encontro não aconteceu.

Ao entender a gravidade da ameaça, o belga contatou as autoridades que passaram a proteger a ele e sua família.

Segundo revelado na publicação, há três semanas o médico está em um esconderijo acompanhado da esposa e do filho de 12 anos, a fim de fugir da mira do atirador. "A ameaça era muito real", revelou o cientista.

Todos os cuidados 

O virologista disse à BBC que os serviços de segurança da Bélgica montaram um esquema para manter sua localização em segredo, por isso, até estar em plena segurança, o homem não concederá entrevistas com o rosto em evidência e não fará nada capaz de demonstrar qualquer pista de seu paradeiro.

O cientista continua fazendo seu trabalho de casa e afirma que não está com medo, apesar de saber da gravidade do que vive. Para Marc, o pior de tudo nessa situação é saber que seu filho adolescente está em risco.

"Infelizmente, ele é um franco-atirador treinado com equipamento pesado, com material de nível militar e diversas armas [...] E esse é o tipo de pessoa que preferiria que não estivesse me caçando” revelou.

“Não estou com medo, apenas tomando cuidados. E meu filho de 12 anos é muito corajoso em relação a isso [...] O que me deixa louco é que meu filho precisa ficar trancado dentro de casa há quase três semanas. Isso eu realmente odeio", pontuou Van Ranst.

Quando questionado se teria algum recado para Jürgen Conings, o belga é enfático: "Não tenho nada a dizer a ele. Por que eu iria querer ter uma conversa com uma pessoa que me odeia e quer me matar?".

Enquanto as autoridades buscam pelo atirador de extrema direita e investigam como ele conseguiu acesso a armas tão letais, o virologista e sua família seguem escondidos, na esperança de que um dia tenham sua segurança de volta.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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