Ao acaso, pesquisadores descobrem ilha mais ao norte do planeta
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Cientistas da Universidade de Copenhagen estavam fazendo uma expedição para a Ilha Oodaaq, na Groenlândia, em julho deste ano quando realizaram um feito notável e o mais impressionante foi que isso aconteceu acidentalmente, como relatou a revista Galileu no último domingo, 5.
Os pesquisadores pensavam que estavam pisando na Ilha Oodaaq, que é conhecida por ser a ilha mais ao norte no planeta, ou seja a mais sententrional do mundo, e compartilharam a experiência nas redes sociais. No entanto, foram surpreendidos por entusiastas do assunto.
“Estávamos convencidos de que estávamos na Ilha Oodaaq", disse Morten Rasch, do Departamento de Geociências e Gestão de Recursos Naturais da Universidade de Copenhagen, em comunicado.
"Quando eu postei as fotos e as coordenadas da ilha nas redes sociais, porém, vários caçadores de ilhas [pessoas que tem como hobby procurar e descobrir pedaços de terra nunca antes explorados] enlouqueceram e disseram que não poderia ser verdade”, continuou o pesquisador.
Os comentários fizeram com que eles começassem a pensar na possibilidade de que Oodaaq não era a ilha mais a norte do mundo e sim o novo pedaço de terra que eles tinham acabado de descobrir, que foi batizado provisoriamente de Qeqertaq Avannarleq, "ilha mais ao norte" em groenlandês.
"Assim percebemos que meu GPS estava errado, levando-nos a acreditar que estávamos em Oodaaq. Na verdade, acabamos descobrindo uma nova ilha mais ao norte, uma descoberta que expande levemente o Reino da Dinamarca", disse Rasch.
A nova ilhota fica a 780 metros ao norte de Oodaaq e teve sua localização confirmada a partir do GPS do helicóptero usado pelos cientistas. Segundo os pesquisadores, ela tem apenas 30 metros de largura e 60 de comprimento, tendo uma elevação de 3 a 4 metros acima do nível do mar em seu ponto mais alto.
Ela é classificada como “ilhota de vida curta” pois pode ter sido formada por uma grande tempestade que reuniu materiais marinhos, como montes de lama do fundo do mar e rochas. "Ninguém sabe quanto tempo vai durar. A princípio, pode desaparecer assim que uma nova e poderosa tempestade chegar", concluiu o líder da expedição.