Após ataque, portal da Prefeitura de São Paulo exibia apologia ao nazismo e feira de sexo oral
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Um portal lançado em agosto de 2014 pela Prefeitura de São Paulo foi alvo de um ataque que contou com a exibição de materiais de divulgação do nazismo e supostos eventos pornográficos até a manhã da última terça-feira, 3, tirando no ar os itens da plataforma SP Cultura após a revelação das páginas por reportagem da Folha de S. Paulo.
O site permitia a divulgação de feiras e projetos nos bairros na capital paulista livremente, sendo atacado desde dezembro de 2020 por usuários anônimos com spams e anúncios falsos.
O portal passou por "ataques cibernéticos por indivíduos não identificados, que se utilizam do instrumento para divulgar links maliciosos e redirecionamento para páginas de conteúdo adulto e criminoso", diz a prefeitura. Também é reforçado que "a página e os servidores jamais hospedaram qualquer conteúdo impróprio, mas foram utilizados como vetores de divulgação de endereços externos", completa o texto, divulgado pelo G1.
Criada durante a gestão do ex-ministro Juca Ferreira na pasta da Cultura enquanto Fernando Haddad era prefeito, a ferramenta tinha a intenção de mapear as iniciativas culturais da cidade, relacionando a agenda com a divulgação em televisores instalados no sistema metroviário paulistano.
Criamos esse site para ampliar a comunicação da população de São Paulo, um povo diversificado e com várias classes sociais, com territórios diversos", disse Juca ao jornal.
Após a publicação da reportagem, o portal foi tirado do ar por completo, eliminando também os eventos reais divulgados na plataforma — parte deles teria feito o cadastro e divulgação de seus projetos para participar de editais de incentivo à cultura na capital, como a Lei Aldir Blanc.