Após tentativa de suicídio, saúde de Jeanine Áñez encontra-se estável
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No último final de semana, autoridades penitenciárias da Bolívia afirmaram que, de acordo com familiares da mulher, a ex-presidente Jeanine Áñez tentou cometer suicídio na prisão feminina onde cumpre sua sentença. Segundo o UOL, contudo, ela foi socorrida a tempo e, no domingo, 22, seu quadro de saúde foi dado como estável.
Acontece que, aos 54 anos, Áñez está presa preventivamente há cinco meses, acusada em três processos por genocídio, conspiração, terrorismo, decisões contrárias à Constituição e, por fim, violação de deveres durante seu mandato como presidente.
Em coletiva de imprensa, o diretor do Regime Penitenciário, Juan Carlos Limpias, afirmou que "podemos dizer, categoricamente, que sua saúde está estável". Ainda mais, o diretor explicou que, "no momento, ela está com sua família no centro penitenciário. A família será um fator importante na recuperação do ânimo da detenta".
Para Carolina Ribera, filha da ex-presidente, Áñez tentou cometer suicídio motivada por uma "forte depressão". De acordo com um dos advogados da acusada, essa foi a maneira que ela encontrou de enviar "uma mensagem de ajuda e de socorro”.
Segundo Eduardo del Castillo, Ministro do Governo (Interior), Jeanine tinha "pequenos cortes no braço" quando foi socorrida. No domingo, inclusive, Yulia Babuzhina, uma representante do alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, foi enviada até o presídio feminino, a fim de verificar o estado de saúde da ex-presidente.
Ainda que Babuzhina não tenha feito qualquer pronunciamento oficial sobre Áñez, um grupo de apoiadores da ex-presidente se reuniu na frente da penitenciária no mesmo domingo e pediram pela transferência de Jeanine para uma clínica especializada.
Mais ainda, em um boletim oficial enviado à agência de notícias AFP, o Ministério de Governo (Interior) declarou que a “Administração Penitenciária aceitou que um parente pernoitasse todas as noites acompanhando a recuperação da senhora Jeanine".
Para Fernando Romero, secretário executivo do Sindicato de Ramos Médicos de Saúde Pública (Sirmes), contudo, "pacientes com um problema emocional muito sério, que tentaram tirar a própria vida, não podem ser atendidos em um recinto carcerário, requerem um atendimento multidisciplinar em um centro hospitalar".