Da Revolução Francesa aos dias atuais: A história do terrorismo
Aventuras Na História
Na semana em que recordam os 20 anos do atentado ao World Trade Center, as Torres Gêmeas, certamente os mais diversos programas de televisão, jornais e sites da internet irão tratar sobre as razões e consequências daquele que é considerado o maior ataque terrorista da história, resultando em cerca de três mil mortos. No entanto, usar métodos violentos como forma de intimidar ou simplesmente afrontar uma nação (ou um povo inimigo) não é algo recente. A história mostra que o terrorismo é algo antigo, e sempre com efeitos devastadores.
De início, é importante entender que a palavra “terrorismo” remonta à Revolução Francesa, ao terror dos jacobinos e de suas guilhotinas. Este fenômeno teve início no final do século 19 quando os anarquistas começaram a jogar bombas. Anos depois, esta conduta se tornou comum após a Segunda Guerra Mundial, quando nações visavam obter resultados políticos através da criação de situações de pânico coletivo, sendo que todas essas ações em comum tentam intimidar a sociedade civil.
Voltando no tempo, é importante lembrar que já existia terrorismo na república romana até fins do século 18 a chamada “guerra destrutiva” ou “guerra punitiva”. Na Grécia antiga, acontecia uma prática de assassinatos em países adversários, que como dito acima, visava uma maneira de criar pânico naquela população.
No século 19, a palavra “terrorismo” passou a denominar o movimento anarquista que buscava enfraquecer e destruir o poder estatal. Poucos anos depois, o agravamento das relações mundiais deu lugar a este fenômeno como conhecemos atualmente.
O século 20 teve a globalização como exemplo do fortalecimento das relações comerciais e políticas entre os países, por isso é preciso entender que ao mesmo tempo atitudes violentas ganharam mais adeptos e incentivadores. Atualmente, pro exemplo, pode-se dizer que este processo ganhou mais adeptos ao fundamentalismo religioso, incluindo o crescimento de pessoas com ideais neo-anarquistas, sendo muitos deles vivendo no mundo islâmico que em busca de sua Jihad Islâmica. Para conseguir seu objetivo, praticam atos extremos de terror e violência, especialmente contra as mulheres.
Ao mesmo tempo que ações violentas ganhavam mais adeptos, tornou-se necessário entender e compreender a mente dessas pessoas e porque elas aceitaram essa condição como uma espécie de meio de vida. É preciso compreender que, primeiramente, o terrorismo não é algo novo, todavia é extremamente dangeroso para quem sofre e para quem o pratica, pois notadamente afeta diretamente o sistema nervoso de ambos.
Foi para entender o funcionamento cerebral de quem comete estes ataques contra outras pessoas que dediquei parte do meu tempo para compreender o cérebro de um terrorista. Por meio da neuroanatomia, é possível saber como se comportam aqueles que organizam os ataques, a maneira que eles usam para influenciar as massas e traçar uma cronologia da evolução do conhecimento neuroanatômico.
Para conseguir este objetivo, uma das melhores ferramentas é a neurociência. Ela é a parte da ciência que procura entender como o cérebro dá lugar às atividades mentais, inclusive de aprendizado de capacidade boas e ruins. É importante lembrar que o cérebro tem plasticidade neural o que lhe permite aprender constantemente. Ou seja, é a propriedade que permite ao Sistema Nervoso Central se desenvolver e responder a estímulos, sobretudo no córtex pré-frontal.
Enquanto isso, será possível também compreender a mente das pessoas que investem nessas ações chamadas de terroristas, o que futuramente poderá servir para pesquisas e facilitar com ainda mais facilidades os criminosos que cometem estes crimes. Meu estudo será brevemente publicado em uma revista científica e reportado aqui no Aventuras na História.
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