'Fachada': O ilustre thriller feminista escrito por Elisabeth Sanxay Holding, em 1947

Recém-lançado no Brasil, pela Editora DBA Literatura, o thriller feminista 'Fachada' foi escrito por Elisabeth Sanxay Holding, em 1947. O clássico já foi adaptado, ainda, duas vezes ao cinema: 'Na teia do destino' (1949) e 'Até o fim' (2011).

Nascida em 1889, em Nova York, Estados Unidos, Elisabeth Sanxay Holding foi uma das maiores referências literárias de ficção, no subgênero de romances policiais e de ficção científica.

Dentre os romances destacam-se: 'Net of Cobwebs' e 'The Innocent Mrs'. Atualmente, suas obras encontram-se na renomada Library of America, que reúne os melhores livros da literatura norte-americana.

Publicado originalmente em 1947, o clássico 'Fachada' acompanha a saga da dona de casa Lucia Holley, que se vê diante de um conflito familiar: sua filha adolescente está namorando um homem casado, de 35 anos de idade. 

Para piorar a história, o marido da protagonista está distante, lutando na guerra. Portanto, a matriarca se vê obrigada a resolver o problema sozinha. Contudo, após o namorado da filha aparecer morto, Lucia precisa se desfazer do cadáver, gerando grandes conflitos. 

Em suma, este thriller feminista é considerado por muitos críticos literários um título muito à frente de seu tempo. Além disso, chegou a ser eleito pelo romancista Raymond Chandler, como a melhor obra de Elisabeth Sanxay Holding.

No Brasil, a obra encontra-se disponível na Amazon, em formato Kindle e edição física. Além disso, conta com a ilustre tradução de Stephanie Fernandes.

Confira um trecho da obra disponível na Amazon:

Toda noite, Lucia Holley escrevia para o marido, destacado em algum lugar do Pacífico. Eram cartas maçantes, ela sabia. Passavam ao comandante Holley uma imagem de vida pacata e ensolarada, como um lago alpino.

"Querido Tom", começou. "Está caindo um dilúvio agora à noite."

Ela riscou a frase e fitou a janela, por onde a chuva escorria em uma torrente prateada. Não tem por que contar para ele, pensou. Talvez soe muito sombrio. "As flores de açafrão acabaram de desabrochar", escreveu, e se deteve mais uma vez. Já é a terceira primavera em que as plantas dão flor sem que você as veja. E a sua filha, a pequena Bee, que você tanto adora, cresceu em sua ausência. Tom, preciso de você. Tom, estou com medo.