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Inimigo número um: Isis-K, o grupo terrorista que acha o Talibã pouco extremista
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Inimigo número um: Isis-K, o grupo terrorista que acha o Talibã pouco extremista

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Aventuras Na História
28/08/2021 11h09
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Na última quinta-feira, 26, explosões aos arredores do aeroporto de Cabul, capital do Afeganistão, fizeram vítimas fatais, deixando as autoridades internacionais em alerta. O movimento fundamentalista e nacionalista islâmico, o Talibã, condenou os ataques. 

As agências Reuters e AFP relataram que o Estado Islâmico (EI) assumiu — em um grupo no Telegram — a autoria dos atentados na capital do Afeganistão.

O porta-voz do Talibã, Suhail Shaheen, por sua vez, condenou o ataque que resultou na morte de civis. Já o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que o atentado terrorista não ficará impune. 

“Sentimo-nos indignados e com dor. Não vamos perdoar e não vamos esquecer isso. Vamos caçá-los e vamos fazê-los pagar por isso“, disse o presidente estadunidense durante pronunciamento.

Inimigo número um 

Considerado o inimigo número um do Talibã, o Isis-K (Estado Islâmico da Província de Khorasan, em tradução para o português) é um braço regional do Estado Islâmico que atua no Afeganistão e Paquistão. 

O aeroporto de Cabul, alvo do ataque / Crédito: Divulgação / Vídeo / Al Jazeera

 

Criado em 2015, o grupo é contrário ao Talibã. O Isis-K faz parte da rede global do Estado Islâmico. Já o movimento fundamentalista e nacionalista islâmico, o Talibã, possui a atuação mais restrita no Afeganistão. 

O braço regional do Estado Islâmico foi autor de alguns ataques brutais a escolas femininas, hospitais e até a uma maternidade. Além disso, os integrantes do Isis-K acreditam que o Talibã não seja extremista e radical o suficiente. 

Baseada na província de Nangarhar, a cédula terrorista chegou a ter 3.000 membros, mas após confrontos com militares ocidentais e com o próprio grupo rival, a organização perdeu alguns integrantes, restando apenas cerca de 500 a 1.500 combatentes, segundo dados levantados pelo El País.

A ligação extremista 

De certa forma, o Talibã e o Isis-K possuem uma ligação. Isso se dá através da rede Haqqani, estreitamente ligada ao grupo fundamentalista islâmico que assumiu o controle do Afeganistão recentemente. 

Membros do Talibã armados / Crédito: Getty Images

 

Conforme o pesquisador da Fundação Ásia-Pacífico, Sajjan Gohel, entre 2019 e 2021 alguns ataques terroristas tiveram, ainda, a colaboração entre o Isis-K, a rede Haqqani e o Talibã. 

Além disso, após o Talibã assumir o controle da capital do país, no dia 15 de agosto, integrantes de outros grupos terroristas, como Estado Islâmico e Al-Qaeda, foram libertados da prisão de Pul-e-Charki.

Contudo, mesmo com essas ligações, ambas organizações são rivais. Isso porque, o braço regional do Estado Islâmico critica profundamente os acordos feitos em 2020, estabelecidos entre os talibãs e as milícias locais e os Estados Unidos.

 

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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