Pesquisadores brasileiros descobrem duas novas espécies de dinossauros na China
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Rochas fossilizadas de mais de 120 milhões de anos, encontradas na província chinesa autônoma de Xinjiang, abrigam os restos de duas novas espécies de dinossauros saurópodes.
A descoberta foi feita por uma equipe de pesquisadores brasileiros e publicada na última quinta-feira, 12, na Nature Scientific Reports.
Através de uma série de vértebras cervicais médias e posteriores articuladas, a equipe constatou que o Silutitan sinensis possui ligações com os Euhelopus, uma espécie chinesa muito mais antiga.
Esse 'parentesco' aconteceu por meio de um período evolutivo muito recente, explica a pesquisadora Kamilla Bandeira, do Museu Nacional/UFRJ, uma das autoras do estudo.
Já a outra espécie, o Hamititan xinjiangensis, foi encontrada por meio de uma sequência de vértebras caudais anteriores articuladas, o que os ligou ao grupo dos Titanosauridae — uma espécie rara na Ásia, mas muito comum no Brasil e na América do Sul.
Segundo Bandeira, o achado da espécie “mostra uma combinação incomum de características, especialmente para titanossauros”, explica em nota publicada pelo Museu Nacional.
De acordo com Alexander Kellner, paleontólogo e coordenador brasileiro do estudo, as descobertas "são particularmente importantes por serem de uma área onde grandes vertebrados, como dinossauros, não foram registrados até esse momento".
A descoberta se deu por meio de uma parceria cooperativa, que existe desde 2004, entre o Museu Nacional/UFRJ e o Institute of Vertebrate Paleontology and Paleoanthropology (IVPP) de Pequim. Segundo o TecMundo, a colaboração já resultou em mais de vinte trabalhos.
Paleontólogos do Beijing Museum of Natural History e do Hami Museum também fizeram parte do novo estudo. Mais detalhes da pesquisa podem ser vistos aqui.