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Talibã anuncia novas regras na educação afegã: 'Sem ambiente misto'
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Talibã anuncia novas regras na educação afegã: 'Sem ambiente misto'

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Aventuras Na História
30/08/2021 22h00
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Desde que o Talibã retomou o poder no Afeganistão, o mundo aguarda pelas novas políticas do grupo, principalmente acerca dos direitos das mulheres. No último domingo, 29, então, um representante do regime finalmente falou sobre o tema em uma reunião com 'anciãos', encontro mais conhecido como Loya Jirga, ou como 'o grande conselho'.

Segundo o Independent, foi Abdul Baqi Haqqani, ministro interino do Talibã, quem revelou as mais novas regras da educação afegã. O representante, contudo, não trouxe mais informações acerca da estrutura do governo do Talibã, mas fez questão de afirmar que todas as normas impostas serão embasadas nas leis islâmicas da sharia.

"O povo do Afeganistão continuará sua educação superior à luz da lei sharia em segurança, sem estar em um ambiente misto de homem e mulher", narrou Haqqani. Com isso, as mulheres continuam podendo estudar nas universidades, mas em salas separadas, sendo que “os homens não terão permissão para ensinar meninas”.

Além da divisão baseada no gênero dos alunos, os planos de estudos também devem ser alterados pelo Talibã. Nesse sentido, o ministro afirmou que o grupo irá “criar um currículo islâmico razoável que esteja em linha com nossos valores islâmicos, nacionais e históricos e, por outro lado, seja capaz de competir com outros países”.

Agora, enquanto autoridades internacionais aguardam por mais posicionamentos do Talibã, ativistas dos direitos humanos se preocupam com as promessas do grupo. Isso porque, enquanto homens não podem lecionar para garotas, as próprias mulheres continuam sem empregos no Afeganistão, impossibilitadas de sair de casa.

Para os defensores dos direitos femininos, a nova regra pode gerar um distanciamento ainda maior entre a educação de homens e mulheres no país — já que, sem um corpo docente adequado, composto por professoras que não podem sair de casa, as jovens terão um acesso ainda menor a uma educação de qualidade.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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