Agência dos Estados Unidos investiga Blizzard por casos de assédio
Tecmundo
A entidade federal dos Estados Unidos Securities and Exchange Comission (SEC), que no Brasil é chamada de Comissão de Valores Mobiliários, abriu uma investigação para verificar as denúncias de assédio sexual que foram relatadas por funcionários e ex-funcionários da Activision Blizzard.
A informação foi revelada nesta segunda-feira (20) pelo The Wall Street Journal. A reportagem do veículo diz que vários funcionários do alto escalão foram intimados para depor, incluindo Bobby Kotick, CEO da desenvolvedora de franquias como World of Warcraft, Diablo, Overwatch e Call of Duty.
A intenção da SEC, que tem dentre as obrigações regulamentar e propor medidas para ao mercado norte-americano, é verificar como a gigante da indústria do entretenimento lidou com as acusações graves de trabalhadores.
A entidade pediu à Blizzard documentos e minutas de reuniões desde 2019, arquivos pessoais de 6 ex-empregados e todos os detalhes sobre acordos que chegaram a ser fechados com funcionários.
Sobre o caso
Há algum tempo, o conglomerado Activision Blizzard está enfrentando uma forte acusação de práticas ruins no ambiente de trabalho. Um grupo principalmente formado por mulheres, revelou ao mundo que os chefes eram permissivos e até realizavam atos de assédio sexual, sexismo, assédio moral e outras condutas.
Em um dos casos, uma mulher chegou a se suicidar, sendo que o ambiente tóxico da empresa chegou a ser apontado como uma das possibilidades para o suicídio.
O caso tomou uma proporção bastante grande e a empresa está sofrendo até mesmo um processo do Departamento de Emprego Justo e Habitação (DFEH) do estado da Califórnia. Entre as medidas que a companhia já tomou estão a demissão de várias pessoas que estariam envolvidas com os casos, incluindo Luis Barriga e Jesse McCree, diretor de Diablo 4 e desenvolvedor de Overwatch (que inclusive dá nome a um dos personagens do jogo, nome que será trocado após reclamações dos fãs).